Foto: O Dia –
Segundo familiares, apesar da medida protetiva, o suspeito de ter cometido o crime frequentava a residência da vítima todos os dias
Girlene Pinheiro da Silva foi morta a tiros na manhã desta sexta-feira (24) dentro da sua própria residência localizada no bairro Cidade Nova, na cidade de Timon (MA). Segundo informações do 47º Batalhão da Polícia Militar, o principal suspeito de ter cometido o crime é o ex-companheiro da vítima, identificado como Fernando Lima.
A mulher já havia sido vítima de violência doméstica e possuía uma medida protetiva contra o ex-companheiro. Contudo, de acordo com o comandante do 47º BPM, o tenente-coronel Yaslan Batista, a Patrulha Maria da Penha não havia sido informada para que fizesse o acompanhamento do caso.
Segundo familiares, apesar da medida protetiva, o suspeito de ter cometido o crime frequentava a residência da vítima todos os dias. Ele já havia a ameaçado de morte em outras ocasiões. Na manhã de hoje, ao entregar o café ao suspeito, Girlene foi atingida por um tiro no peito e veio a óbito ainda no local.
“Fomos informados no local que existia esse contato diário pela manhã. Ele frequentava a casa dela diariamente e pedia um café. Hoje, ele pediu um café e, quando ela foi entregar, ele efetuou um disparo contra a ex-companheira. Acreditamos que foi um crime premeditado”, afirmou o tenente-coronel.
Após o crime, o suspeito se evadiu do local e até o momento não foi capturado. O corpo da vítima foi recolhido pelo Instituto de Medicina Legal (IML) de Timon e o caso deverá ser investigado pela Polícia Civil do Maranhão.
Como funciona o atendimento pela Patrulha Maria da Penha?
A Patrulha Maria da Penha, vinculada à Polícia Militar, oferece atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica através da realização de visitas às vítimas, com o objetivo de fiscalizar se as medidas protetivas de urgência estão sendo cumpridas pelo agressor. O acompanhamento frequente estreita os laços entre a polícia e a vítima, fazendo com que ela se sinta mais segura em quebrar o ciclo da violência e impedindo que novos crimes de feminicídio aconteçam.
A Patrulha Maria da Penha atua a partir do deferimento da Medida Protetiva de Urgência pelo Poder Judiciário, com despacho de necessidade de acompanhamento da força policial até decisão de extinção ou término do prazo de concessão da Medida.
Um dos fundamentos da Patrulha é estabelecer um vínculo entre a equipe e a vítima, para que ela se sinta segura e confie no trabalho que está sendo desenvolvido. Por isso, as vítimas são feitas semanalmente, de acordo com o risco ao qual a vítima está exposta. Conforme o risco vai diminuindo, o intervalo de tempo entre as visitas aumenta.