A megaoperação contra a atuação do PCC e de todo um “ecossistema” criminoso na região da Cracolândia, no centro da capital paulista, terminou com 15 pessoas presas e 56 imóveis interditados. De acordo com o balanço divulgado pelo governo de São Paulo, dez foram presos em flagrante e cinco por mandado judicial.
Os imóveis interditados, de acordo com a polícia, eram usados para o armazenamento de armas e drogas e como casas de prostituição, além de colaborarem para a lavagem de dinheiro do tráfico.
Entre os presos na operação está Leonardo Monteiro Moja, conhecido como Leo do Moinho, apontado como liderança do PCC. Ele estava em liberdade condicional e é suspeito de ser proprietário de hotéis e estabelecimentos comerciais, registrado em nome de laranjas, e que eram usados como pontos de tráfico de drogas.
Leo também é apontado como o chefe do tráfico na Favela do Moinho, também no centro, responsável pelo abastecimento da Cracolândia.
Também foram alvos da ação três guardas-civis metropolitanos e um ex-agente da GCM suspeitos de operar uma milícia que extorquia dinheiro de comerciantes da área.
O foco da operação, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), foi desarticular o ecossistema e a logística do crime organizado em diferentes pontos do centro da capital paulista.
De acordo com os investigadores, os criminosos usavam a estrutura comercial da região para fomentar o tráfico de drogas e fazer a lavagem de dinheiro. As investigações começaram há cerca de um ano.
Os dados finais apontam para a apreensão de 348 munições, 122 celulares, 78 veículos, 35 computadores, 22 quilos de drogas, oito radiocomunicadores, três armas e dois simulacros.
As equipes ainda apreenderam mais de R$ 264 mil em espécie, dinheiro obtido pela quadrilha com o tráfico de drogas. Ao todo, foram cumpridos 117 mandados de busca e apreensão e sete de prisão. Dois suspeitos estão foragidos.
De acordo com o governo de São Paulo, as famílias que estavam hospedadas nos imóveis alvos da operação foram acolhidas por profissionais de saúde e da assistência social.
Algumas pessoas foram encaminhadas a abrigos e, outras até a Central Integrada de Atenção e Acolhimento, o Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas e demais unidades de saúde.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/operacao-contra-atuacao-do-pcc-na-cracolandia-prendeu-15-e-fechou-mais-de-50-imoveis/