Gazeta do Leste - O Jornal que virou Portal.

Compartilhe:

A concessionária Allegra Pacaembu apresentou ao Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP), nesta terça-feira (30), o novo cronograma de entrega do estádio, com data prevista para 27 de junho.

O objetivo é finalizar as intervenções obrigatórias até a data estipulada, com a entrega do estádio de futebol, das arquibancadas, do campo e dos portões.

À parte das intervenções obrigatórias previstas pela Prefeitura, o prédio multifuncional só deve ficar pronto em outubro de 2024.

A reunião foi convocada para esclarecimentos sobre os adiamentos e a não realização da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 25 de janeiro, e do show do cantor Roberto Carlos em meados de abril, previstos no incialmente para ocorrerem no Pacaembu. Uma reunião técnica do TCM-SP foi realizada em junho de 2023.

Inicialmente, a previsão de entrega era no 2º semestre de 2023.

Os atrasos foram atribuídos às obras emergenciais causadas por vícios ocultos, problemas que não foram identificados nas primeiras avaliações e acabaram levando a obras não previstas, como a restauração do ginásio poliesportivo.

Foi necessário realizar a remoção da pintura verde dos 6 arcos que formam a cobertura, feitos de peroba rosa. Peças danificadas foram trocadas por outros tipos de madeira, já que a peroba rosa está em extinção. Um reforço também foi feito na base das estruturas, para evitar a substituição completa por material metálico.

Durante o encontro, o secretário municipal de governo, Edson Aparecido, apontou a frustração com a não realização correta do do evento do cantor Roberto Carlos, e afirmou que é preciso fazer ajustes finos.

Questionado sobre a não entrega do contrato de Naming Rights assinado pela concessionária com o Mercado Livre, o diretor executivo Rafael Carvalho destacou que não seria adequado abrir o documento pois comprometeria estratégias de marca do patrocinador, gerando a fuga de potenciais patrocinadores para outras situações.

O tema dos Naming Rights do Pacaembu tem sido questionado no próprio TCM-SP, no Ministério Público de São Paulo e até em âmbito criminal desde o anúncio do contrato avaliado em mais de R$ 1 bilhão.

A questão deve ser levada ao plenário do Tribunal.

Órgãos de proteção do patrimônio histórico, como o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) fazem visitas mensais para acompanhar o andamento das obras e a preservação dos espaços onde ocorreram intervenções.

O TCM-SP também deve intensificar a fiscalização.