20 de setembro de 2024
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71% das mulheres do país já passaram por alguma situação de violência ao utilizar algum meio de transporte em seu cotidiano para se deslocar, é o que aponta uma pesquisa realizada pelos Institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, com apoio da Uber, que ouviu mais de 4.000 brasileiras. A pesquisa também indica os principais fatores que geram mais insegurança nas vítimas.

Segundo os resultados, a maioria das entrevistadas relata ter enfrentado situações de violência, como importunação, assédio sexual e até estupro, durante seus deslocamentos pelas cidades.

O estudo traz resultados de nove capitais, sendo elas: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Entre as principais situações de violência que as mulheres já passaram durante os deslocamentos estão:

  • 44% receberam olhares insistentes, cantadas inconvenientes;
  • 26% sofreram um assalto / furto / sequestro relâmpago;
  • 17% sofreram importunação sexual;
  • 16% sofreram preconceito ou discriminação por alguma característica. Exceto raça;
  • 10% sofreram racismo;
  • 6% sofreram uma agressão física;
  • 3% sofreram um estupro.

Para as entrevistadas, a falta de policiamento, iluminação e ruas vazias estão entre os elementos que geram mais insegurança nas mulheres.

Fatores que contribuem com a sensação de insegurança durante o deslocamento apontado pelas mulheres:

  • 56% ausência de policiamento;
  • 52% falta de iluminação pública;
  • 50% ruas desertas e vazias;
  • 44% espaços públicos abandonados;
  • 42% falta de respeito / agressividade das pessoas;
  • 39% falta de empatia / solidariedade;
  • 38% falhas no transporte público;
  • 28% o horário do deslocamento.

Segundo a pesquisa, a maioria das vítimas mudou seus hábitos de comportamento após sofrer violência. Porém, mais da metade se sentiu abalada psicologicamente e apenas 23% receberam ajuda de pessoas que presenciaram a situação de violência.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/pesquisa-diz-que-71-de-mulheres-no-brasil-ja-sofreram-violencia-ao-se-deslocar/