22 de setembro de 2024
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Um fisioterapeuta de 37 anos, que se passava por médico em Belo Horizonte, foi indiciado por estelionato, falsidade ideológica, exercício ilegal da medicina, emissão de atestado falso e exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo direto e iminente.

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o falso médico atuava em uma clínica na região do Barreiro, em Belo Horizonte.

Conforme as investigações, além dos pacientes, demais profissionais contratados e parceiros do estabelecimento também se torvavam vítimas pois acreditavam que o indiciado era formado em medicina ou que tinha especializações na área de fisioterapia.

A investigação apontou que ele recebia em torno de R$ 40 mil por semana, por meio de tratamentos, procedimentos e consultas médicas, além de parceria com laboratório e farmácia, e venda de medicamentos.

A PCMG acredita que ele atuava como falso médico há cerca de três anos e ostentava uma vida de luxo.

O delegado Túlio Leno, que estava à frente das investigações, ressaltou que o suspeito mantinha carros alugados e viagens ao exterior. Inclusive, estava com pacote comprado para a República Dominicana.

O falso médico está preso preventivamente e os autos foram encaminhados à Justiça.

Investigações

As investigações iniciaram após a denúncia de um suposto erro em procedimento médico. “Pensando se tratar de um erro médico, os investigadores foram até o local e descobriram que o suspeito é fisioterapeuta, que não tem especialidades e que se passava por médico”, afirmou a delegada Gislaine Rios.

O investigado foi detido em flagrante no dia 3 de junho durante um operação da PCMG. Ele estava atendendo uma pessoa no momento da chegada dos policiais.

Segundo Gislaine, o suspeito utilizava, de forma fraudulenta, números de inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) de outros médicos (falecidos, inativos, ativos e de outros estados), para a prescrição de medicamentos, inclusive controlados, e solicitação de exames.

Segundo as investigações, o suspeito era quem fazia os primeiros atendimentos dos pacientes na clínica. Depois da consulta, decidia se passava o caso para outro profissional ou se ele próprio faria os tratamentos.

A polícia apurou que a depender da necessidade do paciente, o investigado se apresentava como ortopedista, traumatologista, endocrinologista, dentre outras especialidades, a fim de obter vantagem financeira.

Para a realização dos procedimentos, o investigado promovia a venda casada de serviços e medicamentos, obrigando os pacientes a adquirirem os seus produtos. Assim, ele fazia estoque de insumos, sem a supervisão de um farmacêutico.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/policia-civil-conclui-inquerito-e-falso-medico-e-indiciado-por-cinco-crimes-em-belo-horizonte/