20 de setembro de 2024
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A Polícia Civil concluiu que não houve estupro coletivo em boate na Lapa, região central do Rio de Janeiro, como afirmou a suposta vítima.

O rapaz com quem a universitária estrangeira de 25 anos afirmou ter tido uma relação consensual, no entanto, foi indiciado por estupro de vulnerável. É que o laudo do IML apontou que a jovem estava sob efeito de substância entorpecente. A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro pediu ao Ministério Público a prisão dele.

A investigação, que correu sob sigilo, foi concluída em 11 dias. Testemunhas ouvidas afirmaram que houve apenas um autor do abuso. Além dos depoimentos, a polícia teve acesso, ainda, a imagens de câmeras de monitoramento do estabelecimento e aos laudos toxicológico e de corpo de delito, que confirmou o ato libidinoso.

Imagens obtidas com exclusividade pela CNN na semana passada mostraram o momento em que a universitária sai apressada da chamada “dark room”, uma sala reservada para casais no estabelecimento. Logo atrás, sai também o rapaz com quem ela teria tido a relação consensual.

Segundo afirmou à polícia, a jovem de 25 anos foi à sala por vontade própria. No entanto, ela contou que após se relacionar com o brasileiro, foi estuprada sem qualquer chance de defesa por um número de homens que não conseguia precisar, uma vez que teria perdido a consciência.

Turista (no canto inferior direito) relata o ocorrido a funcionários da boate na sala da segurança / Reprodução/CNN Brasil

Um outro vídeo, também exclusivo, é de dentro da sala da gerência da boate. Muito nervosa, a vítima contou que teve o celular furtado. No meio da conversa, entre os funcionários do local, amigas da jovem e o casal, surgiu o questionamento sobre um possível abuso.

Na frente do rapaz, a vítima afirmou, então, que a relação que os dois tiveram foi consensual. No entanto, ela conta que teria sido tocada por outras pessoas durante o tempo que esteve na sala escura.

Imagens mostram vítima deixando boate em companhia dos seguranças do local / Reprodução

Em carta divulgada pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alerj, a jovem disse que está de volta ao país de origem e que só quer descansar e esquecer o que passou na viagem pelo Brasil, que ela classifica como um pesadelo.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/policia-civil-conclui-que-nao-houve-estupro-coletivo-em-boate-no-rio-de-janeiro/