24 de novembro de 2024
Contratos da prefeitura de Porto Alegre com pousada incendiada passam
Compartilhe:

Em resposta ao incêndio que atingiu a Pousada Garoa na Avenida Farrapos e resultou em 10 mortes, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião de Araújo Melo (MDB), detalhou as ações que a prefeitura está tomando durante uma coletiva de imprensa.

As medidas de resposta incluem a hospitalização de vítimas e a realocação de moradores em situação de rua para outras instalações, com orientação da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC).

O prefeito também declarou que não pretende politizar a tragédia e que o foco está em preservar vidas e acolher as vítimas.

A tragédia, ocorrida na madrugada desta sexta-feira (26), levantou questões sobre a segurança e a regulamentação das instalações que hospedam também moradores em situação de rua na cidade.

Detalhes do contrato e segurança

Em face do incidente, uma investigação preliminar foi instaurada para examinar os detalhes do contrato com a Garoa, e uma força-tarefa foi designada para inspecionar os outros 22 locais que também alojam moradores em situação de rua sob os mesmos termos contratuais.

O prefeito informou que, desde 2020, a pousada Garoa tinha um contrato emergencial com a cidade para fornecer hospedagem a pessoas desabrigadas e ressaltou que a empresa privada, com 12 anos de operação na cidade, já servia a outros clientes, além dos encaminhados pela prefeitura.

Regulamentação e investigações

Sebastião Melo também enfatizou que a responsabilidade pelo Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) é da empresa e não está incluída nos critérios de licitação da prefeitura conforme a lei estadual, que exige que as empresas garantam suas próprias conformidades de segurança.

“A questão de PPCI compete à empresa que abre seja qual for a atividade. E essa é uma lei estadual, portanto licenciamento com os bombeiros”, explicou o prefeito.

Além disso, foi mencionado que a prefeitura vai cooperar com as autoridades na investigação em curso, liderada pela Polícia Civil, para determinar as causas do incêndio.

Uma imagem capturada por vídeo mostrando uma pessoa entrando e saindo do local horas antes do incêndio está sendo analisada pela perícia, embora sua relação com o incêndio ainda não esteja clara.

As investigações e inspeções continuam, com atualizações esperadas nos próximos dias.

Estado de saúde das vítimas

No primeiro momento após o incêndio, oito pessoas foram removidas para hospitais locais. Dentre essas, duas se encontram em estado grave, porém estável, sem risco de morte imediato, e uma em estado moderado.

As demais estão sob controle médico, internadas principalmente devido a inalações de fumaça ou fraturas decorrentes de saltos para escapar do fogo, afetando pés, pernas e rosto.

Ao longo do mesmo dia, outros sete indivíduos procuraram atendimento médico por conta do incidente. Cinco dessas pessoas foram atendidas e liberadas após avaliação médica. Os outros dois ainda estão recebendo atendimento, e ainda não foi definido se permanecerão internados.

No total, quinze pessoas foram atendidas pelos serviços de saúde em decorrência do incêndio, sendo oito ainda internadas, cinco liberadas e duas em atendimento.

*Sob supervisão de André Rigue

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/prefeito-de-porto-alegre-anuncia-medidas-apos-incendio-fatal-em-pousada/