5 de novembro de 2024
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Foto: Gazeta do Leste –

As professora Socorro Guimarães e Rosete Veras já fizeram até cartazes para chamar atenção das autoridades

A educação pública de Timon-MA enfrenta uma crise que exige atenção urgente das autoridades, como a Prefeitura,  Secretaria de Educação e o Ministério Público. Denúncias foram protocoladas pelo promotor de justiça Eduardo Borges, destacando problemas na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Antonia Diva, que já figurou entre as quatro piores do município.

Nos últimos anos, a situação da escola melhorou após a mudança na direção, com a professora Luciana Leite assumindo a liderança e estabelecendo metas organizacionais. A escola, que possui seis salas de aula e funciona em dois turnos, emprega 34 pessoas, entre professores e funcionários de áreas administrativas e de serviços gerais.

No entanto, novas denúncias surgiram, desta vez contra a própria gestão da escola. A diretora Luciana Leite e sua vice-diretora Edilene Brito estão sendo acusadas de práticas de assédio moral por duas professoras efetivas: Socorro Guimarães e Rosete Veras. A primeira está afastada por licença médica, enquanto a segunda retornou recentemente ao trabalho.

Segundo a professora Socorro Guimarães, “as denúncias encaminhadas à Secretaria de Educação do município estão sendo ignoradas, como se nada estivesse acontecendo”. Ela alega que o ambiente escolar se tornou hostil, especialmente para os professores efetivos.

A professora Rosete Veras compartilha a mesma opinião. Ela afirma que, desde seu retorno, tem enfrentado dificuldades no ambiente de trabalho, especialmente com a vice-diretora Edilene Brito. Rosete também menciona que sua ausência médica foi ignorada pela gestão da escola, que registrou suas faltas como injustificadas. Além disso, alega que houve tentativas de incitar os pais contra ela, o que não teve sucesso, dado o apoio que recebeu de alguns responsáveis por alunos.

A situação se agrava com o fato de que, dos seis professores efetivos da escola, quatro estão afastados por motivos de tratamneto psiquiátricos. “Não sabemos o que é pior: enfrentar o tratamento psiquiátrico ou voltar ao ambiente hostil da escola”, desabafa Rosete.

Por outro lado, a diretora Luciana Leite se defende das acusações, apresentando relatórios sobre o desempenho das professoras, citando atrasos e ausências que, segundo ela, prejudicam o aprendizado dos alunos, muitos dos quais necessitam de atenção especial. “Ser conivente com esse tipo de comportamento que prejudica o desenvolvimento educacional não faz parte da educação inclusiva que queremos promover”, afirmou a diretora.

Luciana também questiona a conduta dos professores efetivos, ressaltando que eles conhecem as exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e que a escola possui metas de desempenho a serem cumpridas, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

Ela ainda rebate as acusações de falta de apoio da Secretaria de Educação, afirmando que a equipe de gestão da escola tem recebido a devida atenção das autoridades competentes. Luciana finaliza, reforçando a necessidade de acompanhamento psiquiátrico para as professoras citadas.

As denúncias estão sob investigação e aguardam posicionamento do Ministério Público.

Relatório entregue na Secretaria de Educação do município

Registro da denúncia recebido pelo promotor no Ministério Público

Registro do B.O, registrado pela professora Rosete Veras