O jornalista e escritor Ullisses Campbell, autor do livro “Elize Matsunaga: A mulher que esquartejou o marido”, revelou em entrevista à CNN Brasil que o público tende a ver Elize Matsunaga como uma “vítima” das circunstâncias que a levaram a cometer um crime brutal.
Segundo Campbell, dos criminosos que ele biografou, Elize é a que mais desperta empatia nas pessoas. “Quando eu a vi saindo da cadeia pela primeira vez, tinham muitas pessoas na porta da cadeia, ela foi ovacionada com uma salva de palmas”, relata o escritor.
Contexto do crime influencia percepção pública
O biógrafo explica que a percepção do público sobre Elize é influenciada pela revelação de que seu marido, Marcos Matsunaga, era considerado um homem violento. “As pessoas chegaram à conclusão de que o Marcos Matsunaga, o marido que ela matou, ele era um homem extremamente violento, não só com ela, mas com outras mulheres”, afirma Campbell.
Essa visão contribui para que muitos apoiem a resocialização de Elize, apesar da natureza chocante do crime. Campbell ressalta: “Então as pessoas acabam criando uma empatia. Eles têm esse acolhimento com a Elize Matsunaga, ela é muito, as pessoas apoiam a ressocialização”.
Contraste com outros casos criminais
O jornalista compara a reação do público ao caso de Elize com outros crimes notórios, como o de Suzane von Richthofen. Enquanto Suzane desperta sentimentos divididos, Campbell observa que “a Elize Matsunaga nesse aspecto tem uma unanimidade”.
A entrevista também abordou o caso do “Maníaco do Parque”, Francisco de Assis Pereira, condenado a 285 anos de prisão. Campbell destaca a importância do processo de progressão de regime e ressocialização, que não ocorreu no caso de Francisco, alertando para os riscos de sua eventual libertação sem preparação adequada.
Confira a entrevista na íntegra
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/publico-coloca-elize-matsunaga-como-vitima-do-contexto-em-que-estava-inserida-diz-ulisses-campbell/