Uma mulher morreu baleada após ser perseguida por um outro carro e bater em uma viatura da Polícia Civil na Avenida Brasil, zona norte do Rio de Janeiro, na madrugada deste domingo (11),
Elaine Esteves, de 39 anos, e o marido, Carlos André, retornavam de uma festa, quando foram perseguidos por outro carro, após um suposto acidente de trânsito que ambos afirmaram não ter percebido.
Com medo, os dois fugiram e bateram na traseira de uma viatura da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que estava em um comboio na Avenida Brasil. Veja na imagem abaixo.
Após a batida, disparos foram efetuados de dentro da viatura e ao menos quatro tiros atingiram o carro em que Elaine e o marido estavam. A mulher foi baleada e não resistiu aos ferimentos.
“Ele falou para a Elaine ‘calma amor, bati no carro da polícia’. Aliviado, só que para surpresa, ele começou a escutar os tiros. Não deram tempo dele sair do carro, não deram tempo de nada”, contou Erika Adida, amiga de vítima.
Ainda de acordo com Erika, enquanto prestava socorro à esposa, Carlos André foi xingado, agredido e jogado no chão pelos policiais.
“Era para ser só um acidente, era para a polícia ajudar eles nessa perseguição, mas mataram ela, polícia despreparada”, lamentou.
A Polícia Civil afirmou, em nota, que uma equipe da Delegacia de Homicídios da Capital foi surpreendida por uma colisão próximo ao Trevo das Margaridas, ao lado de um dos acessos da comunidade de Parada de Lucas.
Segundo o posicionamento, “os policiais efetuaram disparos de arma de fogo para interromper a investida repentina e violenta do veículo contra o comboio policial” e imediatamente acionaram o socorro médico, porém a vítima não resistiu aos ferimentos e veio a óbito ainda no local.
O motorista do carro que perseguiu o casal após o suposto acidente de trânsito, já prestou depoimento à polícia, mas as informações não foram divulgadas.
Vítima completaria 40 anos
De acordo com amigos, Elaine completaria 40 anos em setembro e já estava com a festa programada e paga.
Mãe de duas filhas, a mulher era cozinheira em uma pousada em Itaboraí, na região metropolitana do Rio, estabelecimento que é administrado pela família.
“Ela era esposa, amiga, iluminada, do bem e guerreira. Uma pessoa que não merecia ter saído dessa vida dessa maneira”, desabafa Erika, que cobra justiça.
O velório e o enterro da vítima acontecem nesta no Cemitério Parque da Paz, em Itaboraí, às 15h, ainda nesta segunda-feira (12).
Nota da Polícia Civil na íntegra
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) informa que, durante os trabalhos ordinários realizados pela equipe, nesta madrugada (11/08), a equipe de agentes foi surpreendida por uma colisão, na qual um veículo em fuga atingiu uma das viaturas do comboio policial, na Avenida Brasil, próximo ao Trevo das Margaridas, ao lado de um dos acessos da comunidade de Parada de Lucas.
Os policiais efetuaram disparos de arma de fogo para interromper a investida repentina e violenta do veículo contra o comboio. Após estabilização da situação, os agentes constataram que uma mulher teria sido alvejada. Imediatamente, acionaram o socorro médico, porém a mesma não resistiu aos ferimentos e veio a óbito ainda na localidade.
Apurou-se que o veículo que colidiu com a viatura estava em fuga, tendo em vista que teria se envolvido momentos antes em outra colisão de trânsito.
Todos os envolvidos na ocorrência foram conduzidos para a Delegacia de Homicídios, e a Corregedoria-Geral da Polícia Civil (CGPOL) foi acionada para conduzir as investigações.
A pericia de local foi realizada por uma equipe de peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/rj-era-para-ser-so-um-acidente-mas-mataram-ela-diz-amiga-de-mulher-morta-na-av-brasil/