A situação de seca no estado de São Paulo deve continuar crítica nos próximos meses. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) alerta para um atraso no começo da estação chuvosa neste ano, além de precipitações abaixo da média para grande parte do território paulista.
Segundo a hidróloga do Cemaden, Adriana Cuartas, as temperaturas devem ficar acima da média até o mês de novembro, com os níveis dos rios abaixo dos valores esperados.
Pelo interior do estado, as chuvas têm ficado abaixo da média nos últimos meses, e as temperaturas acima do esperado. Tais fatores colaboram para que os rios tenham seus níveis diminuídos de forma considerável.
Por conta desta situação, algumas cidades de destaque, como Bauru e São José do Rio Preto, já enfrentam escassez de água para abastecimento.
Em São José do Rio Preto, a população é abastecida por três fontes de água, sendo elas o rio Preto (20%), o Aquífero Bauru (50%) e o Aquífero Guarani (30%). O município registrou 635,50 mm de chuva entre 1 de janeiro e 13 de setembro deste ano, uma redução de 47% em relação ao mesmo período do ano de 2023.
Com relação ao consumo, houve um aumento de 3,09% no mês de agosto, quando comparado com o mês de julho. O aumento do consumo e a questão climática colaboraram para a redução na captação de água na Represa Municipal.
Assim, os poços tiveram sua captação aumentada e passaram a abastecer mais 50 mil moradores, uma vez que o sistema de abastecimento da cidade é interligado.
O Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto da cidade formou um comitê para acompanhamento e análises da situação, para observar se há chances de ocorrer racionamento. Além disso, o município está há 154 dias sem chuva expressiva, que aconteceu em 12 de abril, com 25,10 mm.
Na cidade de Bauru, há um rodízio de água para 26% da população que vivem nas regiões abastecidas pelo Rio Batalha. Em outras partes do município, em que o abastecimento acontece por poços, a distribuição de água segue sem alterações.
A Sabesp diz que nos 375 municípios que opera, não há racionamento de água até o momento.
Incêndios
A falta de chuva, o calor, e o tempo seco, contribuem para o aumento dos focos de incêndio que atingem grande parte de São Paulo.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), levantados pela Defesa Civil, o estado tem queimadas diárias desde 18 de agosto, tendo registrado 1.500 focos de incêndio no mês até a última quinta-feira (12).
Na sexta-feira, pelo menos 15 focos de incêndio estavam ativos até o fim do dia.
FOCOS DE INCÊNDIO EM SP – 13/9/2024
REGIÃO METROPOLITANA
- 1 – MAIRIPORÃ
- 2 – SÃO PAULO – PERUS (ÁGUIA 16)
REGIÃO DO VALE DO PARAÍBA
- 3 – BANANAL (ÁGUIA 8 + ASA ROTATIVA CMIL)
- 4 – S. JOSÉ DOS CAMPOS (ÁGUIA + ASA ROTATIVA FF)
REGIÃO DE CAMPINAS
- 5 – AMPARO (ÁGUIA)
- 6 – BROTAS
- 7 – CACONDE (ASA FIXA PACHU)
- 8 – CAMPO LIMPO PAULISTA – SERRA DA MURSA (2 ÁGUIAS 21 E 14)
- 9 – LINDÓIA
- 10 – MOCOCA (ASA FIXA PACHU)
- 11 – CAMPINAS/MORUNGABA (ÁGUIA 20)
REGIÃO DE PRESIDENTE PRUDENTE
REGIÃO DE ARARAQUARA
REGIÃO DE FRANCA
- 14 – CRISTAIS PAULISTA
- 15 – ITIRAPUÃ (ASA FIXA PACHU)
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/situacao-de-seca-em-sp-vai-continuar-critica-nos-proximos-meses-alerta-cemaden/