Voluntários relatam falta de barcos e coletes para resgates em Canoas (RS)

Mesmo com a mobilização de equipes de resgate de outros estados, como Santa Catarina, para auxiliar nas operações de socorro às vítimas das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, os voluntários enfrentam dificuldades para atender a demanda em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

Uma integrante da equipe catarinense relatou ao repórter Pedro Teixeira, da CNN, que apesar de contarem com bombeiros, enfermeiros e regatistas, a falta de barcos e coletes salva-vidas impede que eles adentrem as áreas alagadas para resgatar pessoas e animais.

Chuvas persistentes agravam a situação

O retorno das chuvas na sexta-feira (23) agravou ainda mais a situação em Canoas. Segundo a voluntária, na quinta-feira (22) eles conseguiram realizar resgates, inclusive utilizando barcos a remo doados por moradores, mas nesta sexta a falta de embarcações e equipamentos de segurança os deixou praticamente imobilizados.

“Hoje a gente não tem nenhum barco agora no momento para levar nenhuma equipe. E a equipe está aqui esperando aparecer algum barqueiro, alguém que possa nos enviar para a gente poder fazer os resgates e levar o alimento que precisa”, lamentou.

Além dos resgates, ela destacou a necessidade de levar alimentos para famílias que optaram por permanecer em seus imóveis, nos andares superiores considerados seguros. Porém, sem barcos, essa tarefa também fica inviabilizada.

A dificuldade de acesso às áreas atingidas se soma a outros desafios enfrentados pelos voluntários, como a falta de locais para abrigo temporário, colchões e alimentos para as vítimas desalojadas. Apesar dos percalços, as equipes seguem empenhadas em prestar o auxílio possível à população afetada pelas enchentes.