6 de janeiro de 2025
Arrecadação federal atinge novo patamar com alta real de 11%
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O Governo Federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, deu passos significativos na revitalização da indústria nacional. A iniciativa Nova Indústria Brasil (NIB) tornou-se o principal eixo dessa retomada, com um foco claro na modernização, sustentabilidade, inovação e inclusão social. A seguir, detalhamos os principais avanços alcançados entre 2023 e 2024, destacando os pilares que sustentam esse movimento transformador.

Desde o início de 2023, a NIB mobilizou políticas públicas integradas e robustas, promovendo diálogo constante com o setor produtivo e a sociedade civil por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). O Plano Mais Produção (P+P), uma das iniciativas centrais da NIB, ampliou o financiamento disponível para o setor industrial, saltando de R$ 300 bilhões para R$ 506,7 bilhões. Essa expansão foi possível graças à entrada de novos parceiros, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste, além do BNDES e da Finep.

Esse aporte financeiro não apenas impulsionou investimentos em setores estratégicos, mas também ajudou a redefinir as metas de desenvolvimento industrial. Até o final de 2024, R$ 384,4 bilhões desse montante já haviam sido aprovados, representando 75% do total previsto até 2026. Somente o BNDES aumentou seus desembolsos de R$ 98 bilhões, em 2022, para R$ 148 bilhões, em 2024, resultando em um crescimento de 262% no crédito para a indústria.

O setor privado também desempenhou um papel crucial na retomada industrial, anunciando investimentos de R$ 2,3 trilhões. Áreas como construção civil (R$ 1,06 trilhão), bioeconomia e energia renovável (R$ 380 bilhões), e tecnologia da informação e comunicação (R$ 100,7 bilhões) foram destaque, consolidando a integração entre os esforços público e privado.

Esse movimento contribuiu para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,5% em 2024, além de alcançar a menor taxa de desemprego da história, de 6,1%. Mais de 103 milhões de brasileiros estavam empregados no final de 2024, enquanto a taxa de pobreza atingiu o menor patamar já registrado, de 27,4%.

Além do crescimento macroeconômico, a indústria brasileira avançou em competitividade. Em 2024, o Brasil subiu 30 posições no ranking mundial de produção industrial, saltando de 70º para 40º lugar entre 116 países, de acordo com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido). A indústria de transformação cresceu 3,6%, marcando o maior avanço em uma década, e a utilização da capacidade instalada atingiu 83%, o maior índice em 13 anos.

A agenda sustentável também ganhou destaque, com a implementação de programas voltados para a transição ecológica. O Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) foi lançado para descarbonizar a frota de veículos no Brasil, autorizando R$ 3,1 bilhões em créditos para projetos ligados ao setor automotivo. Em paralelo, o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação prevê R$ 17,5 bilhões em investimentos até 2027, promovendo a produção de biocombustíveis e reduzindo emissões de carbono.

Outro avanço significativo foi a reestruturação do Centro de Bionegócios da Amazônia, que agora abriga o Hub de Bionegócios e Inovação. Essa iniciativa integra a Estratégia Nacional de Bioeconomia e a Estratégia Nacional de Economia Circular, reforçando o compromisso do Brasil com práticas sustentáveis e o desenvolvimento regional. Além disso, a criação dos selos Verde e Amazônia fortaleceu as cadeias produtivas de produtos sustentáveis e ampliou o acesso a mercados internacionais.

No campo da inovação, o Programa Mais Inovação, integrado ao Plano Mais Produção, aprovou R$ 16,4 bilhões em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação entre 2023 e 2024, representando o melhor desempenho desde 1995. A renovação do parque industrial foi impulsionada por meio do programa de Depreciação Acelerada, que aprovou 374 projetos industriais, abrangendo setores como biocombustíveis, celulose e máquinas e equipamentos.

A inclusão social também foi uma prioridade da neoindustrialização. O Programa Elas Exportam, por exemplo, capacitou 117 empreendedoras para expandirem sua atuação no comércio exterior, enquanto o Raízes Comex promoveu maior participação de mulheres e negros nesse mercado. Além disso, o programa Empreendedoras Tech capacitou 70 mulheres no empreendedorismo tecnológico, premiando três startups inovadoras.

O comércio exterior foi impulsionado com a conclusão de acordos importantes, como o Acordo de Parceria Mercosul-União Europeia e o Acordo Mercosul-Singapura. Esses tratados fortalecem a posição do Brasil no cenário internacional e ampliam o acesso a mercados estratégicos. A implementação do Portal Único de Comércio Exterior simplificou processos e reduziu custos, resultando em uma economia anual de R$ 40 bilhões para o setor exportador.

No Congresso Nacional, diversas iniciativas foram aprovadas para fortalecer a indústria brasileira. Entre elas, destaca-se a reforma tributária, que promove maior justiça fiscal e competitividade, e o Marco Legal do Hidrogênio Verde, que estimula a produção de energia sustentável. Outras medidas, como a nova Lei de Informática e o Programa Mobilidade Verde e Inovação, consolidaram o compromisso do governo com a modernização e sustentabilidade da matriz energética.

A Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual também foi implementada, assegurando maior coordenação das políticas governamentais para incentivar a inovação e atrair investimentos. O tempo médio de concessão de patentes caiu de 6,9 para 4,4 anos desde janeiro de 2023, graças à simplificação dos processos e ao aumento da capacidade técnica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Em paralelo, o Observatório do Custo Brasil foi lançado para acompanhar as ações de redução de custos enfrentados pela indústria. Desde a implementação da Agenda de Redução do Custo Brasil, em 2023, já houve uma redução de R$ 86,7 bilhões, incluindo iniciativas como a abertura do mercado livre de energia e a expansão das redes de banda larga.

O Brasil também avançou em inclusão internacional, aderindo ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero, durante a 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio. A reunião do G20, presidida por Geraldo Alckmin, aprovou os Princípios do G20 sobre Comércio e Desenvolvimento Sustentável, consolidando uma relação positiva entre comércio internacional e sustentabilidade.

No campo da competitividade, o programa Brasil Semicondutores, criado pela nova Lei de Informática, incentiva a produção nacional de bens de alta tecnologia, como celulares, computadores e tablets. A Plataforma de Indicação Geográfica, por sua vez, foi lançada para fortalecer cadeias produtivas locais, com destaque para o café.

Esses avanços consolidam a neoindustrialização brasileira como uma política abrangente e transformadora, que combina crescimento econômico, sustentabilidade, inovação e inclusão social. A retomada da indústria nacional, com o apoio de políticas públicas integradas e investimentos robustos, não apenas fortalece a economia brasileira, mas também posiciona o país como um protagonista no cenário global.

Fonte: https://www.ocafezinho.com/2025/01/01/a-retomada-da-industria-brasileira-uma-retrospectiva-de-2024/