
De acordo com um estudo detalhado realizado pelo Ministério de Minas e Energia, a liberação para a exploração de petróleo na Margem Equatorial pode transformar a economia brasileira. Conforme apresentou o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, o projeto deve atrair cerca de US$ 56 bilhões em investimentos, gerar mais de 300 mil empregos e resultar em uma arrecadação governamental que ultrapassa os US$ 200 bilhões.
Essa análise, divulgada também pelo jornal O Estado de S. Paulo, ressalta a importância de que o Ibama emita a licença ambiental até abril de 2025. Esse prazo é considerado estratégico, pois possibilitaria à Petrobras iniciar a perfuração do poço FZA-M-59 até outubro, data em que vence o contrato da sonda afretada pela Foresea – atualmente em operação na Bacia de Campos e que será transferida para o Amapá.
Segundo o estudo, o único entrave remanescente no processo de licenciamento diz respeito ao tempo de resposta para a avaliação de uma eventual fauna oleada. Para contornar essa dificuldade, a Petrobras já está investindo na construção do novo Centro de Reabilitação de Despetrolização de Fauna (CRD), que, conforme apresentado, estará apto a receber vistorias a partir de 7 de abril.
Expectativa com reunião após volta de Lula da Ásia
O mercado aguarda com expectativa que, após o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de uma viagem oficial à Ásia, seja realizada uma reunião entre ministros e o presidente do Ibama para destravar esse impasse ambiental. A liberação da licença é vista como decisiva para que a Petrobras possa avançar com suas operações, tendo a Margem Equatorial como alternativa para recompor suas reservas petrolíferas, cuja queda é prevista para a próxima década.
O estudo também estabelece um paralelo com a região que se estende entre Guiana e Suriname, local onde já foram identificadas grandes jazidas de petróleo. Ressalta-se que o poço FZA-M-59 foi arrematado na 11ª Rodada de Licitações, contando com uma participação de 30% da Petrobras e 70% da BP. Em 2021, contudo, a empresa britânica optou por abandonar a parceria devido à morosidade no processo de licenciamento ambiental.
Atualmente, os investimentos já realizados pela Petrobras no projeto giram em torno de R$ 1 bilhão, enquanto o custo diário de aluguel da sonda é estimado em US$ 400 mil. Por fim, o estudo enfatiza que a estrutura montada para atender às exigências ambientais supera as instaladas nas bacias de Campos e Santos, sendo considerada “a maior estrutura de resposta do país”.
Com informações de Brasil 247
Fonte: https://agendadopoder.com.br/arrecadacao-com-margem-equatorial-pode-ultrapassar-200-bilhoes-de-dolares-revela-estudo/