mercado ajusta projeções e prevê alta do PIB e queda da inflação em 2025 – Agenda do Poder

Às vésperas da divulgação oficial do PIB do segundo trimestre pelo IBGE, o mercado financeiro fez novos ajustes em suas estimativas para a economia brasileira. O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central, mostrou uma ligeira elevação nas expectativas de crescimento, acompanhada por revisões para baixo da inflação e do dólar.

PIB em trajetória de leve alta

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 passou de 2,18% para 2,19%. Apesar da alta tímida, o número sinaliza a resiliência da economia brasileira em meio a um cenário de incertezas globais. Em julho, as expectativas chegaram ao pico do ano, em 2,23%.

As previsões de crescimento também melhoraram para os anos seguintes. Em 2026, a estimativa subiu de 1,86% para 1,87%. Para 2027, passou de 1,87% para 1,89%.

Inflação em desaceleração

A inflação medida pelo IPCA continua em trajetória de queda. A expectativa para 2025 foi reduzida pela décima quarta semana consecutiva, de 4,86% para 4,85%. O cenário reforça a percepção de desaceleração dos preços no país.

Dados divulgados pelo FGV Ibre confirmam essa tendência: o IPC-S recuou 0,44% na última leitura, acumulando alta de 3,76% em 12 meses. Para o horizonte mais longo, o Boletim Focus também trouxe revisões para baixo: 4,31% em 2026 e 3,94% em 2027.

Dólar com menor pressão

O mercado também reduziu suas projeções para a cotação do dólar. A expectativa para este ano caiu de R$ 5,59 para R$ 5,56. Para 2026 e 2027, a moeda americana deve permanecer estável em R$ 5,62.

Expectativa pelo PIB do segundo trimestre

Os ajustes acontecem em meio à expectativa pelos números oficiais do PIB referentes ao segundo trimestre, que o IBGE divulga nesta semana. Os resultados devem balizar a visão de analistas sobre o ritmo da atividade econômica e sobre a condução da política monetária.

Com projeções de crescimento levemente maiores e inflação em desaceleração, o cenário reforça a perspectiva de maior previsibilidade para a economia, ainda que desafios externos e fiscais sigam no horizonte.