
O Rio de Janeiro aparece como o segundo maior polo do setor de serviços no Brasil em 2023, respondendo por 10% da receita nacional, atrás apenas de São Paulo, que concentrou 45%. Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Serviços divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No total, as empresas do setor de serviços no país movimentaram R$ 3,4 trilhões no ano passado. Minas Gerais (7,8%), Paraná (5,5%) e Rio Grande do Sul (4,7%) completam a lista dos cinco estados com maior participação.
Crescimento do emprego
Além da receita, o estudo mostra que o setor de serviços atingiu um contingente recorde de trabalhadores em 2023: 15,2 milhões de pessoas ocupadas. O número representa crescimento de 7,1% em relação a 2022, quando eram 14,2 milhões, e de 18,3% frente ao período pré-pandemia, em 2019, com 2,4 milhões de novas vagas abertas desde então.
O setor de serviços inclui atividades como alojamento, alimentação, transportes, comunicação, turismo, escritórios, cultura e reparo de automóveis. O setor financeiro não faz parte da pesquisa.
Onde estão os empregos
Cinco segmentos concentram quase metade (47%) dos postos de trabalho gerados em 2023. O destaque ficou para serviços de alimentação, com 1,8 milhão de vagas, seguido por serviços técnico-profissionais (11,2%), transporte de cargas (8,2%), serviços para edifícios e atividades paisagísticas (8,1%) e serviços de escritório e apoio administrativo (7,8%).
Salários e desigualdade regional
As 1,7 milhão de empresas do setor pagaram R$ 592,5 bilhões em salários e outras remunerações no ano passado, o equivalente a 2,3 salários mínimos em média por trabalhador. No Rio de Janeiro, a remuneração média chegou a 2,5 salários mínimos, o segundo valor mais alto do país, atrás apenas de São Paulo (2,8).
Entre os segmentos com ganhos acima da média nacional estão os serviços de informação e comunicação (4,7 salários mínimos), outras atividades de serviços (3,6) e transporte, serviços auxiliares de transporte e correio (2,8). Já os menores salários foram registrados no Acre, em Roraima e no Piauí, todos com 1,4 salário mínimo.
Mudança no topo das receitas
De 2022 para 2023, houve uma alteração no segmento líder em participação da receita líquida. Os serviços profissionais, administrativos e complementares passaram ao primeiro lugar, com 29,2%, superando transportes, serviços auxiliares e correios, que ficaram com 28,1%.
Perspectivas
Embora a pesquisa anual traga o retrato consolidado de 2023, dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) indicam que o setor manteve trajetória de expansão em 2025. No primeiro semestre, houve alta de 2,5% em relação ao mesmo período de 2024, reforçando a relevância do setor de serviços — com o Rio de Janeiro ocupando posição estratégica nesse cenário.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/com-recorde-de-empregos-setor-de-servicos-movimenta-r-34-trilhoes-e-rio-de-janeiro-ocupa-2o-lugar-em-arrecadacao/