Conhecida como a ‘Cidade do Aço’, Volta Redonda já está sentindo os efeitos do aumento nas tarifas sobre importações de aço impostas pelo Estados Unidos e o sinal de alerta foi aceso na prefeitura do município. O prefeito Antônio Francisco Neto enviou um ofício ao presidente Lula para “manifestar grave preocupação com os impactos negativos provocados pelas recentes decisões no cenário internacional do aço”.
No ofício Neto lembra que Volta Redonda é sede da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e que a economia local “é historicamente vinculada à cadeia da siderurgia”. Segundo ele, desde a implementação das primeiras medidas protecionistas pelo governo de Donald Trump, com a txação do aço brasileito em 25%, Volta Redonda começou a sofrer connsequências, com “redução em investimentos, congelamento de contratações e ameaça de desligamentos, com risco iminente de aumento do desemprego”.
Com a entrada em vigor nesta quarta-feira (4) do aumento nas tarifas sobre importações de aço pelos EUA, para 50%, conforme decreto assinado pelo presidente Trump, o prefeito teme que a situação se agrave. No ofício a Lula ele aponta que levantamento da CSN mostra que as exportações de aço para os EUA representaram cerca de 18% da receita internacional da empresa em 2024, “e a tarifa compromete diretamente essa participação”.
O prefeito pede ao presidente Lula que o Governo Federal “implemente medidas de defesa comercial, como antidumping e salvaguardas temporárias, para proteger a indústria brasileira da concorrência predatória”. Ele pede ainda, que o Brasil “reforce a atuação diplomática junto ao governo norte-americano para a reversão das tarifas”.
Neto também sugere que seja criado “um grupo interministerial de crise, com a participação de representantes da indústria e dos municípios afetados”, e que sejam adotados também pelo Governo Federal “programas emergenciais de apoio aos trabalhadores e à
reestruturação econômica local, a fim de evitar o aprofundamento da
crise nos municípios mais dependentes da indústria do aço”.
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