
O governo federal anunciou nesta sexta-feira (10) um novo modelo de crédito imobiliário voltado à classe média, com mudanças significativas no Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Agora, o valor máximo do imóvel financiado passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, e a Caixa Econômica Federal volta a financiar até 80% do valor total do bem — antes, o limite era de 70%.
As novas regras também permitem o uso do FGTS como parte do pagamento e ampliam o acesso ao crédito para famílias com renda acima de R$ 12 mil, que até então estavam fora dos programas habitacionais existentes.
Veja perguntas e respostas sobre o novo modelo de crédito:
O que o governo anunciou?
Foi lançada uma nova linha de crédito para a compra da casa própria, com foco na classe média. A proposta busca ampliar o acesso ao financiamento e impulsionar a construção de moradias.
Qual será o valor máximo do imóvel financiado?
O teto do imóvel dentro do SFH aumentou para R$ 2,25 milhões, ante R$ 1,5 milhão. Os juros máximos permanecem em 12% ao ano, abaixo da taxa básica da economia, que hoje está em 15%.
Posso usar o FGTS para comprar um imóvel dentro do novo modelo?
Sim. O comprador poderá usar o saldo do FGTS para dar entrada, abater o saldo devedor ou amortizar parcelas do financiamento. Antes, imóveis acima de R$ 1,5 milhão não podiam contar com esse benefício. Com o novo limite, mais famílias poderão usar o fundo para adquirir imóveis com juros menores.
Quanto do imóvel pode ser financiado pela Caixa?
A Caixa volta a financiar até 80% do valor do imóvel por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), retomando o percentual anterior a novembro de 2024, quando o teto havia sido reduzido para 70%.
Qual é o público-alvo do novo modelo de crédito?
A medida atende famílias com renda mensal superior a R$ 12 mil — faixa que não era contemplada por programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida.
Quantos imóveis devem ser financiados?
Segundo o governo, as mudanças devem permitir o financiamento de aproximadamente 80 mil novos imóveis em todo o país.
Quanto dinheiro o governo deve liberar?
A previsão é de que o crédito habitacional alcance R$ 111 bilhões no primeiro ano de vigência, representando um aumento de R$ 52,4 bilhões em relação ao modelo anterior. Deste total, R$ 36,9 bilhões serão liberados de imediato.
Quando as novas regras entram em vigor?
A transição começará ainda em 2025 e o novo modelo passará a valer integralmente a partir de janeiro de 2027. Durante o período de adaptação, as regras de destinação dos recursos da poupança e dos depósitos compulsórios serão gradualmente alteradas.
E o que acontece após o período de transição?
Ao fim da transição, deixará de existir a exigência de que 65% dos depósitos da poupança sejam destinados ao crédito habitacional. Os depósitos compulsórios no Banco Central também serão extintos, permitindo que 100% dos recursos da poupança possam ser aplicados em financiamentos imobiliários.
A expectativa do governo é que essa liberação aumente significativamente a oferta de crédito, reduza os juros e fortaleça o mercado de construção civil no país.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/credito-imobiliario-ampliado-veja-perguntas-e-respostas-sobre-o-novo-modelo-de-credito/