31 de março de 2025
Desemprego chega a 6,8% no trimestre terminado em fevereiro; número
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A taxa de desemprego no Brasil subiu para 6,8% no trimestre terminado em fevereiro, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pelo terceiro mês seguido, o país atingiu a menor taxa de desocupação de toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. No trimestre encerrado em novembro, o percentual foi de 6,1%.

Antes disso, a taxa mais baixa de desempregados no país havia sido registrada em dezembro de 2013 (6,3%).

Apesar da alta, o rendimento dos trabalhadores chegou ao recorde da série (R$ 3.378), assim como o número de trabalhadores com carteira assinada — que são 39,6 milhões de pessoas.

A taxa de desocupação ficou 1,0 ponto percentual abaixo da observada no mesmo trimestre móvel do ano passado.

A população desocupada cresceu 10,4% frente ao trimestre anterior, chegando a 7,5 milhões de pessoas. Esse contingente, no entanto, está 12,5% menor que o registrado no mesmo trimestre de 2024.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “esta alta segue o padrão sazonal da PNAD contínua com a tendencia de expansão da busca por trabalho nos meses do primeiro trimestre de cada ano”.

Trabalhadores com carteira assinada bate recorde

A população ocupada do país recuou 1,2% frente ao trimestre anterior e chegou a 102,7 milhões de trabalhadores. Esse contingente ainda está 2,4% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Apesar disso, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado chegou a 39,6 milhões, novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo em ambas comparações: 1,1% no trimestre e 4,1% no ano.

Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,5 milhões) caiu 6,0% no trimestre e manteve estabilidade no ano. O número de empregados no setor público (12,4 milhões) recuou 3,9% no trimestre e subiu 2,8% no ano.

Enquanto isso, o contingente de trabalhadores por conta própria (25,9 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 1,7% no ano.

Como resultado desses movimentos, a taxa de informalidade teve ligeira redução: 38,1% da população ocupada (ou 39,1 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7% no trimestre encerrado em novembro de 2024 e, igualmente, 38,7% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024.

“A expansão do emprego com carteira está relacionada com a manutenção das contratações no comércio”, afirma Adriana Beringuy.

Veja os destaques da pesquisa

  • Taxa de desocupação: 6,8%
  • População desocupada: 7,5 milhões de pessoas
  • População ocupada: 102,7 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,9 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39,6 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,5 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 290 mil pessoas
  • Trabalhadores informais: 39,1 milhões
  • Taxa de informalidade: 38,1% da população

Fonte: https://agendadopoder.com.br/desemprego-chega-a-68-no-trimestre-terminado-em-fevereiro-numero-de-trabalhadores-ocupados-e-rendimento-batem-recorde/