21 de novembro de 2025
Dólar cai a R$ 5,27, menor valor desde junho de
Compartilhe:

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (11) em queda pela quinta sessão consecutiva, cotado a R$ 5,273, uma desvalorização de 0,64% em relação ao dia anterior. É o menor patamar desde 6 de junho de 2023, quando a moeda estadunidense foi vendida a R$ 5,249.

A sequência de quedas reflete um cenário de maior otimismo no mercado internacional, impulsionado pela expectativa de que o impasse sobre o Orçamento federal nos Estados Unidos está próximo do fim. O avanço no Congresso estadunidense para evitar o chamado shutdown — a paralisação de serviços públicos — reduziu a aversão global ao risco, fortalecendo moedas de países emergentes, como o real.

Economistas também atribuem o movimento à melhora do cenário doméstico, especialmente após a divulgação do menor índice de inflação para outubro em 27 anos. O IPCA abaixo das projeções reforça a percepção de que os preços estão cedendo de forma consistente na economia brasileira.

Inflação baixa e expectativa de corte de juros impulsionam o real

Com a inflação sob controle, analistas avaliam que o Banco Central poderá antecipar o início de um novo ciclo de corte da taxa básica de juros, possivelmente já no início de 2026. Isso favorece a entrada de capital estrangeiro no país, principalmente de investidores que buscam aplicações de longo prazo.

A combinação de fatores internos e externos positivos tem contribuído para a valorização do real e o fortalecimento do mercado financeiro brasileiro.

Bolsa brasileira tem 15ª alta seguida e novo recorde

Na contramão do dólar, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) segue em trajetória ascendente. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações, encerrou o pregão com alta de 1,60%, aos 157.748 pontos — a 15ª sessão consecutiva de valorização e o maior nível da história. Durante o dia, o índice chegou a ultrapassar os 158 mil pontos.

O desempenho foi impulsionado principalmente por empresas do setor de consumo, turismo e locação de veículos, que se beneficiam da perspectiva de queda nos juros e da valorização do real. Entre as maiores altas do dia estão Magazine Luiza, CVC e Unidas.

Braskem e Petrobras puxam ganhos no pregão

A petroquímica Braskem foi um dos destaques do dia, com valorização expressiva após a divulgação de um balanço que mostrou redução do prejuízo contábil. A empresa também anunciou um acordo de R$ 1,2 bilhão com o governo de Alagoas para indenizar famílias afetadas pelo afundamento do solo em Maceió, provocado pela extração de sal-gema.

A Petrobras acompanhou o movimento e registrou alta de cerca de 3% nas ações preferenciais e ordinárias. O desempenho positivo é atribuído à valorização indireta da Braskem — da qual a estatal detém 47% do capital votante — e à antecipação da entrada em operação da plataforma P-79, no campo de Búzios, dois meses antes do previsto. A medida deve elevar em 15,6% a capacidade de produção na principal área petrolífera do país.

Otimismo reforça tendência positiva

O ambiente econômico favorável, com dólar em queda, inflação sob controle e expectativa de juros mais baixos, tem fortalecido o sentimento de confiança no mercado brasileiro. Especialistas afirmam que, se mantido o ritmo atual, o Brasil poderá continuar atraindo investimentos estrangeiros e consolidar a recuperação do poder de compra do real.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/dolar-cai-a-r-527-menor-valor-desde-junho-de-2024-bolsa-bate-recorde-de-15-altas-consecutivas/