As projeções para o desempenho da economia brasileira em 2025 voltaram a subir, enquanto as estimativas para a inflação recuaram, de acordo com a edição mais recente do Boletim Focus, publicada nesta terça-feira (22) pelo Banco Central. O relatório, baseado na média das expectativas de aproximadamente cem economistas de instituições financeiras e consultorias, aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 2% no próximo ano — uma leve melhora em relação aos números anteriores. A previsão para 2026 também avançou, passando de 1,61% para 1,7%.
Segundo o portal Diário do Centro do Mundo, essa é a segunda semana consecutiva de revisão positiva nas expectativas para o crescimento econômico do país. Ao mesmo tempo, os analistas consultados reduziram a projeção para a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2025, que agora está em 5,57%. Para 2026, a estimativa permanece estável em 4,5%.
Apesar da redução, os valores ainda se mantêm acima do centro da meta inflacionária estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso indica que o controle da inflação continua sendo um dos principais desafios da política econômica nos próximos anos.
Em relação à taxa básica de juros (Selic), não houve mudanças. A projeção para 2025 segue em 15%, permanecendo nesse patamar pela 14ª semana consecutiva. Para 2026, a taxa estimada continua em 12,5%. Atualmente, a Selic está fixada em 14,25% ao ano, e qualquer alteração nas expectativas depende diretamente da evolução dos indicadores macroeconômicos e das decisões do Comitê de Política Monetária (Copom).
No câmbio, a estimativa para o dólar no fim de 2025 foi mantida em R$ 5,90. Já para 2026, houve uma leve redução: a expectativa caiu de R$ 5,97 para R$ 5,96. O movimento reflete certa estabilidade nas projeções cambiais, mesmo com as incertezas externas e as oscilações no mercado internacional.
O Boletim Focus é uma das principais ferramentas utilizadas pelo mercado para acompanhar tendências econômicas de curto e médio prazo. Publicado semanalmente pelo Banco Central, ele serve de termômetro para decisões de investidores, analistas e autoridades econômicas.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/economistas-voltam-a-elevar-previsao-do-pib-e-reduzem-estimativa-da-inflacao/
