Os trabalhadores da Petrobras que atuam na Bacia de Campos, no Norte Fluminense, decidiram encerrar a greve iniciada em 15 de dezembro após aprovarem, em assembleia realizada nesta terça-feira (30), a última proposta apresentada pela estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A decisão foi comunicada pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), que era o único entre os 13 sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) que ainda permanecia em greve. Os demais já haviam encerrado as mobilizações na semana anterior, após avaliarem avanços nas negociações com a empresa.
Segundo o sindicato, a contraproposta apresentada pela Petrobras trouxe avanços considerados relevantes para a categoria, incluindo 83 mudanças redacionais e a incorporação de novos benefícios ao acordo coletivo.
Greve é encerrada, mas mobilização continua
Durante a assembleia, os petroleiros também decidiram manter o Estado de Assembleia Permanente e o Estado de Greve. A medida, segundo o Sindipetro-NF, tem como objetivo garantir que todos os compromissos assumidos pela Petrobras sejam efetivamente cumpridos.
Para o coordenador-geral do sindicato, Sérgio Borges, a paralisação atingiu seu propósito. Ele destacou que a mobilização fortaleceu a independência política e sindical dos trabalhadores e contribuiu para avanços concretos na negociação do ACT.
Procurada para comentar a decisão, a Petrobras não se manifestou até a publicação desta reportagem.
Bacia de Santos segue com paralisação
Apesar do encerramento da greve na Bacia de Campos, a paralisação continua em outras regiões do país. Quatro sindicatos ligados à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) seguem em greve, incluindo o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP).
O Sindipetro-LP representa trabalhadores da Bacia de Santos, responsável pela maior parte da produção de petróleo e gás natural do Brasil, o que mantém o movimento grevista em uma área estratégica para o setor energético nacional.
Na véspera, a Petrobras informou que houve interrupção temporária da produção na plataforma P-69, no campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, devido a um procedimento de segurança de rotina.
Produção e abastecimento seguem garantidos
A estatal reiterou que a paralisação não causou impactos relevantes na produção nacional de petróleo e gás, afirmando que o abastecimento ao mercado segue garantido, sem alterações.
A Petrobras também informou que equipes de contingência foram mobilizadas sempre que necessário, como parte dos protocolos operacionais adotados durante o período de greve.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/funcionarios-da-petrobras-encerram-greve-na-bacia-de-campos/
