
O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (27) que a inflação no Brasil permanecerá acima da meta no curto prazo. Segundo ele, a autoridade monetária está ciente de que essa situação, aliada a uma política de juros contracionista, gera desafios adicionais.
“O Banco Central sabe que, no curto prazo, a gente vai conviver com uma inflação acima da meta e que os mecanismos de transmissão desse processo vão se dar nessa ordem que a gente tem comunicado”, declarou Galípolo.
Atualmente, o índice de inflação acumulado em 12 meses está em 5,06%, acima do teto da meta de 4,50% estipulado para este ano. Questionado sobre os próximos passos da política monetária, ele evitou precisar o aumento da taxa Selic, mas reforçou que o ciclo de alta ainda não foi encerrado.
“A ata continua bastante válida, ela não ficou velha. A gente quer preservar esses graus de liberdade para a gente poder tomar essa decisão [definir a taxa Selic]”, disse.
A Selic, principal instrumento de controle da inflação, impacta diretamente o crédito e o consumo. A expectativa do mercado é que novos ajustes na taxa sejam feitos ainda no primeiro trimestre, aproximando-a de 15% ao ano.
O cenário desafiador reforça projeções de que os juros devem permanecer em patamar elevado ao longo do governo Lula e do mandato de Galípolo no BC. Para 2025, a meta de inflação segue em 3%, com intervalo de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Com informações do Metrópoles
Fonte: https://agendadopoder.com.br/galipolo-brasil-seguira-com-inflacao-elevada-nos-proximos-meses/