26 de agosto de 2025
Inflação no Rio recua em agosto com energia elétrica em
Compartilhe:

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação calculada pelo IBGE, registrou deflação de -0,14% em agosto no cenário nacional. No entanto, os dados regionais mostram que o Rio de Janeiro teve papel de destaque nesse recuo, com impacto decisivo da queda nas tarifas de energia elétrica.

Na região metropolitana fluminense, a energia residencial apresentou redução média de 6,49% em agosto, reflexo da revisão tarifária aplicada a partir de 17 de junho, quando entrou em vigor uma queda de 2,16% em uma das concessionárias que atendem o estado. Esse movimento foi determinante para o desempenho local, já que Habitação é um dos grupos de maior peso no índice.

No acumulado nacional, o IPCA-15 soma 3,26% em 2025 e 4,95% nos últimos 12 meses, abaixo dos 5,30% do ciclo anterior. Mas, para o consumidor carioca, a queda no custo da energia elétrica trouxe alívio imediato, compensando em parte os efeitos da bandeira vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

Além da energia, outros itens também influenciaram o recuo no Rio. Os combustíveis acompanharam a tendência nacional, com a gasolina registrando queda, assim como o etanol e o diesel. No setor de alimentos, a redução de preços em itens como tomate, cebola e arroz reforçou o movimento de queda no índice de agosto.

Enquanto Belém liderou a deflação entre as capitais pesquisadas (-0,61%) e São Paulo foi a única região com variação positiva (0,13%), o Rio de Janeiro aparece entre os destaques das áreas com queda significativa, principalmente devido ao impacto da energia.

O levantamento do IBGE leva em conta os preços coletados entre 16 de julho e 14 de agosto e reflete o comportamento de consumo de famílias com renda de 1 a 40 salários-mínimos. No caso do Rio, a energia elétrica foi o item-chave que ajudou a reduzir o índice e trouxe algum fôlego para o bolso dos consumidores fluminenses em agosto.

Números Nacionais

Os números divulgados pelo IBGE mostraram uma deflação de -0,14% em agosto. O resultado representa uma desaceleração expressiva em relação a julho, quando o índice havia subido 0,33%. No acumulado de 2025, a inflação medida pelo IPCA-15 está em 3,26%, enquanto a taxa em 12 meses desacelerou para 4,95%, abaixo dos 5,30% registrados no período anterior.

Os principais responsáveis pela queda foram os grupos Habitação, Alimentação e bebidas e Transportes, que juntos compõem grande parte do orçamento das famílias brasileiras. No setor de Habitação, a energia elétrica residencial foi determinante: caiu 4,93% em agosto, influenciada pelo chamado Bônus de Itaipu, creditado nas contas de luz. Apesar da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, reajustes específicos em diversas capitais resultaram em quedas expressivas, como em Belém (-6,47%), Porto Alegre (-8,38%), Curitiba (-6,19%) e no Rio de Janeiro (-6,49%).

O grupo Alimentação e bebidas também teve impacto relevante, com queda média de 0,53% no mês, registrando deflação pelo terceiro mês consecutivo. Produtos básicos da mesa do brasileiro ficaram mais baratos: manga (-20,99%), batata-inglesa (-18,77%), cebola (-13,83%), tomate (-7,71%), arroz (-3,12%) e carnes (-0,94%). Já a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,71%, puxada por lanches (1,44%) e refeições (0,40%).

Nos Transportes, a variação passou de alta de 0,67% em julho para queda de 0,47% em agosto. Combustíveis recuaram em média 1,18%, com destaque para a gasolina (-1,14%) e o etanol (-1,98%). As passagens aéreas também registraram queda de 2,59%. Em contrapartida, serviços como táxi e transporte público tiveram reajustes em algumas capitais, como Belém, São Paulo e Curitiba.

Entre os grupos que registraram alta, o destaque ficou para Despesas pessoais, que subiram 1,09% principalmente devido ao aumento nos jogos de azar (11,45%). Educação (0,78%) e Saúde e cuidados pessoais (0,64%) também contribuíram para a pressão inflacionária em alguns setores.

Regionalmente, a única alta foi observada em São Paulo (0,13%), impulsionada por aumentos em cursos regulares e itens de higiene pessoal. Já Belém apresentou a maior deflação (-0,61%), refletindo a queda na energia elétrica e nos combustíveis.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/inflacao-no-rio-recua-em-agosto-com-energia-eletrica-em-queda/