Lula defende autossuficiência em fertilizantes e cogita exploração de potássio na Amazônia

Em entrevista à Rádio Norte FM nesta quarta-feira, 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da autossuficiência do Brasil na produção de fertilizantes.

Ele revelou que o governo planeja revitalizar empresas nacionais que já produziram fertilizantes e mencionou a necessidade de estudos científicos para avaliar a viabilidade de explorar potássio na Amazônia.

Lula comentou sobre as riquezas não exploradas no estado do Amazonas, enfatizando a importância de estudos prévios sobre o impacto ambiental antes de qualquer exploração mineral na região.

“A gente vai ter que se dotar autossuficiente na questão de fertilizantes. Isso é inexorável e já tomamos a decisão, inclusive, de recuperar empresas que fabricavam fertilizantes,” disse o presidente.

Ele também refletiu sobre as lições aprendidas com a guerra entre Rússia e Ucrânia, que complicou a importação de fertilizantes, destacando que isso provou a necessidade de autossuficiência em recursos essenciais para a agricultura.

“A verdade é que a agricultura brasileira nunca se importou muito em ter fertilizantes, potássio e outros minerais importantes porque era fácil importar. Mas agora, com a guerra da Rússia e da Ucrânia, nós estamos convencidos de que o Brasil tem que ser autossuficiente em tudo que ela precisa para fazer a terra se transformar em mais produtiva e para melhorar a qualidade da nossa produção,” afirmou Lula.

Quanto à exploração de potássio na região amazônica, o presidente reiterou que qualquer decisão dependerá dos resultados dos estudos de impacto ambiental.

“Não conheço especificamente a reserva de potássio na região do Amazonas, mas posso te garantir que se tiver e for fácil de explorar sem causar impacto na sociedade, vai ser explorada. Se a exploração demandar impacto na Amazônia, aí vai ser mais difícil, porque nós temos que discutir, analisar e ver se existe outra possibilidade, de pegar potássio em outras regiões,” explicou Lula.