A economia brasileira registrou expansão de 0,4% no segundo trimestre de 2025, em comparação aos três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta terça-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, que faz parte do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, mostra resiliência da atividade, mas confirma a desaceleração do crescimento em relação ao início do ano.
Em valores correntes, o Produto Interno Bruto (PIB) totalizou R$ 3,2 trilhões, atingindo o maior patamar da série histórica, iniciada em 1996. Foi também o 16º trimestre consecutivo de crescimento.
O desempenho ficou levemente acima das projeções do mercado, que apontavam para uma alta de 0,3%, mas bem abaixo do ritmo observado no primeiro trimestre, quando a economia havia avançado 1,4%.
Setores da economia
Após forte impulso da agropecuária nos primeiros meses do ano, o setor registrou retração de 0,1% no segundo trimestre. Essa queda foi compensada pelo avanço dos serviços, que cresceram 0,6%, e da indústria, que subiu 0,5%.
Do lado da demanda, o consumo das famílias aumentou 0,5%, impulsionado pela melhora do mercado de trabalho e do crédito. Já o consumo do governo recuou 0,6%, refletindo contenção de gastos. Os investimentos (formação bruta de capital fixo) tiveram queda de 0,2%, indicando cautela das empresas diante do cenário econômico.
Serviços e consumo em alta
Os dados do IBGE também mostram que tanto o setor de serviços quanto o consumo das famílias alcançaram patamares recordes no trimestre. O segmento de serviços, responsável por mais de 70% do PIB, segue como principal motor da economia.
O consumo das famílias, por sua vez, foi beneficiado pela inflação mais controlada, o que manteve o poder de compra relativamente estável, mesmo com juros ainda elevados.
Projeções para 2025
Em julho, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para cima sua projeção de crescimento do PIB em 2025. A estimativa passou de 2,4% para 2,5%. Apesar da revisão, economistas alertam que a desaceleração observada no segundo trimestre pode limitar o ritmo da expansão ao longo do ano.
O desempenho do terceiro trimestre, que será divulgado em dezembro, deve indicar se a perda de fôlego da economia é temporária ou se marca uma trajetória mais lenta para os próximos meses.
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Fonte: https://agendadopoder.com.br/pib-do-brasil-cresce-04-no-segundo-trimestre-e-atinge-maior-nivel-da-serie-historica/
