Vídeo: Lula afirma que país enfrenta rebelião dos mais ricos contrários a tributação mais justa

Durante o anúncio do Plano Safra 2025/2026, nesta terça-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que seu governo enfrenta uma “rebelião dos mais ricos” por causa do projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A declaração foi feita em cerimônia oficial, conforme reportado pelo Estadão.

Lula argumentou que a proposta não representa um aumento de impostos, mas sim uma forma de redistribuir a carga tributária de maneira mais justa. “Reclamam que há um aumento de imposto, mas isso não é aumento de imposto”, disse. “Queremos diminuir os privilégios de alguns para dar um pouco de direito aos outros”, completou o presidente, reforçando a necessidade de combater desigualdades estruturais por meio de uma tributação mais equitativa.

A fala ocorre em meio à tramitação do projeto de lei que prevê a elevação da faixa de isenção do IR, uma das promessas de campanha de Lula. A medida, no entanto, tem gerado resistência entre setores mais abastados e representantes do mercado financeiro, que veem a compensação da renúncia fiscal como potencial aumento da carga sobre outras camadas de renda.

Lula também abordou temas econômicos mais amplos durante o evento, destacando o papel estratégico do agronegócio para o Brasil. “Nós batemos mais um recorde de valor disponível para esse Plano Safra empresarial, mas queremos dar um passo além. Queremos elevar ao máximo os ganhos que esses recursos podem gerar para os empresários, para a sociedade e, sobretudo, para o nosso país”, declarou.

Segundo o governo, o Plano Safra 2025/2026 contará com R$ 516,2 bilhões em crédito rural voltado para médios e grandes produtores, um aumento de 1,5% em relação ao ciclo anterior. Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá reforçar as linhas de crédito em dólar, oferecendo R$ 14,4 bilhões com juros entre 8,5% e 9% ao ano.

O presidente também fez menção à agricultura familiar, que terá R$ 78 bilhões disponíveis, e reconheceu que, apesar do avanço, “ainda está longe de ser perfeito”. O objetivo, segundo ele, é consolidar o papel do Brasil como “celeiro do mundo” e garantir que os ganhos do agronegócio beneficiem toda a sociedade.

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