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Rival do Cruzeiro nas oitavas de final da Copa Sul-Americana, o Boca Juniors também está de olho no que acontece na fase “mata-mata” da Copa Libertadores. A depender dos resultados, o time de Buenos Aires garante vaga no Super Mundial de Clubes de 2025 por meio do ranking criado pela Fifa para definir parte dos classificados ao torneio que terá 32 participantes. Mas precisa “secar” o Nacional-URU e outros times argentinos.

O novo Mundial será disputado nos Estados Unidos, entre 15 de junho e 13 de julho do ano que vem, e a América do Sul terá seis vagas. Quatro para os campeões da Libertadores entre 2021 e 2024 e duas via ranking.

Quatro vagas já estão preenchidas com Palmeiras, Flamengo e Fluminense, respectivamente os campeões da Libertadores de 2021, 2022 e 2023, e o River Plate, que já alcançou pontuação no ranking que o deixa como um dos qualificados por este método. Resta uma ao campeão de 2024 e outra pelo ranking.

O Boca não joga a Libertadores de 2024, portanto não pode ir como campeão. No ranking, atualmente é o segundo mais bem posicionado com possibilidade de se classificar, atrás do River, mas não pontua, porque está disputando a Copa Sul-Americana.

O ranking soma exclusivamente pontos obtidos nas quatro últimas edições da Libertadores, entre 2021 e 2024, e tem algumas barreiras. Como já tem três brasileiros classificados porque foram campeões, não pode ter vaga a times do país via ranking, o que tirou, por exemplo, a chance do Atlético ir por esse critério.

Resta ao boca, portanto, secar rivais para estar no Super Mundial:

O Nacional-URU não pode avançar até a decisão e perder. Se isso acontecer, ultrapassará os argentinos na pontuação do ranking e será o segundo classificado por esse critério. Os uruguaios empataram o jogo de ida das oitavas de final contra o São Paulo, em Montevidéu, por 0 a 0.
San Lorenzo, rival do Atlético nas oitavas, e Talleres não podem ser campeões. Se um desses times argentinos conquistar a taça, o Boca automaticamente está fora porque o regulamento de classificação ao Super Mundial prevê dois times por país, com exceção se essas vagas forem obtidas com título. Nesse cenário, a Argentina teria San Lorenzo ou Talleres entrando como campeão, e o
River via ranking. Na ida das oitavas, o San Lorenzo empatou com o Galo, 1 a 1, e o Talleres perdeu do River por 1 a 0.
Se o River Plate for campeão, ou Palmeiras, Flamengo e Fluminense levantarem a taça de novo, a vaga do Boca Juniors está assegurada via ranking. Nesse cenário, Boca e Nacional entrariam.
Na ida das oitavas da Sul-Americana, o Boca venceu o Cruzeiro por 1 a 0, na noite desta quinta-feira (15), em La Bombonera, em Buenos Aires.

Na volta, na próxima quinta (22), no Mineirão, os argentinos jogam pelo empate para avançar às quartas de final. O Cruzeiro precisa vencer por dois gols de diferença, ou por um gol para levar a decisão do classificado para as cobranças de pênaltis.

O novo Mundial

A direção da federação internacional projeta uma receita de US$ 2,5 bilhões (R$ 12,4 bilhões) para o novo Mundial de Clubes.

O torneio será quadrienal, com a seguinte distribuição de vagas: 12 da Europa, seis da América do Sul, quatro das Américas do Norte e Central, quatro da África, quatro da Ásia, um da Oceania e outro representante do país-sede.

Os clubes serão divididos em oito grupos de quatro equipes, com os dois primeiros de cada passando para as oitavas de final, e a partir daí os confrontos serão eliminatórios, até a final.