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O estado do Maranhão obteve os melhores resultados da ginástica artística dos últimos anos, por ocasião das disputas dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs) em Uberlândia-MG. A modalidade conquistou duas medalhas de ouro e uma de bronze no masculino, no salto sobre a mesa e nas barras paralelas, e um bronze no cavalo com alças.

O autor da façanha foi Davi Quintanilha, de 13 anos, estudante do Reino Infantil, que teve como técnico Edson Alves, o Edinho. Enquanto isso, Ester Guimarães, 13 anos (Colégio São Marcos), conquistou o bronze nas paralelas assimétricas, sob o comando de Michele Santos.

Os resultados foram bastante festejados, pois este foi o melhor aproveitamento da modalidade nas duas categorias (masculino e feminino), quando os atletas maranhenses enfrentaram adversários de grandes centros esportivos. Nada menos que 67 concorrentes participaram, o que tornou a disputa bem mais acirrada.

Davi, que agora é um dos destaques da nova geração de ginastas do Maranhão, foi bastante aplaudido durante as apresentações individuais. Assim, o masculino ficou em terceiro lugar por equipe, e o feminino no 11º. Além de Ester Guimarães, fizeram parte do grupo as ginastas Maria Eduarda Cordeiro e Nicole Ramos.

Intensa preparação para a competição

Para chegar a essa condição, nossos atletas tiveram que passar por uma intensa preparação, que começou nos Jogos Ludovicenses e Escolares Maranhenses. A técnica juntou-se à boa preparação física de cada equipe, fatores fundamentais ao bom desempenho. Foi o que afirmou à reportagem de O Imparcial o técnico Edson Alves.

“É um trabalho que começou obedecendo etapas, avançando e passando pelas competições municipal e estadual (JELS e JEMs) e a dedicação do grupo foi fundamental para que nossos ginastas tivessem esse desempenho. Estão, portanto, de parabéns pelas posições que conquistaram”, enfatizou.

Edinho destaca que a conquista dos nossos (as) ginastas foi ainda mais valorizada, porque nossa estrutura está muito distante daqueles que representam estados bem mais desenvolvidos nesta modalidade esportiva. “Tivemos nossas dificuldades no período de preparação, porque os equipamentos que utilizamos estão bem abaixo dos que são utilizados por outros estados e grandes clubes, cuja estrutura não se compara com a nossa. Mesmo assim, nossos ginastas se superaram e atingiram a estes índices que nos deixaram em boa colocação”, acrescentou.

Edson Alves sugere que haja mais incentivo aos atletas maranhenses, notadamente da ginástica artística neste momento em que há uma enorme motivação dos jovens com o crescente desempenho da campeã mundial Rebeca e que vem dando grande visibilidade a esta modalidade. “É preciso também que haja mais incentivo profissional, tanto da iniciativa privada como do poder público, para que esse trabalho possa dar, futuramente, resultados ainda mais promissores em nível nacional. Isso passa por melhora, principalmente, da nossa estrutura”, finalizou.