Moscou – São Paulo – Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, expressou preocupação com a crescente possibilidade de uma guerra nuclear, afirmando que “os sinais de uma Terceira Guerra Mundial” estão cada vez mais presentes. Ele citou o apoio militar das potências ocidentais à Ucrânia como um dos fatores para a mudança na doutrina nuclear da Rússia, durante entrevista concedida à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Peskov destacou que a Rússia mantém uma postura responsável quanto às armas nucleares, mas afirmou que “a situação está mudando drasticamente”. Segundo ele, as recentes atualizações na política nuclear visam garantir a soberania e a integridade territorial do país diante de ameaças externas.
Por que a Rússia está preocupada?
Peskov atribui a escalada das tensões ao fornecimento de armamentos avançados pelos países ocidentais à Ucrânia. Ele acusou essas nações de usarem o conflito para enfraquecer a Rússia e comprometer o equilíbrio nuclear global.
Além disso, o porta-voz afirmou que o Kremlin prioriza meios diplomáticos para resolver disputas, mas não descarta ações militares quando considera a segurança nacional ameaçada.
O que mudou na doutrina nuclear russa?
- Resposta estratégica: A política nuclear foi ajustada para responder a ameaças externas diretas.
- Objetivo principal: Garantir soberania e integridade territorial.
- Postura responsável: Uso de armas nucleares permanece como último recurso.
Qual é a crítica às potências ocidentais?
Segundo Peskov, os países ocidentais utilizam a Ucrânia como uma ferramenta para minar a paridade nuclear. Ele classificou essa atitude como “irresponsável”, sugerindo que esse comportamento aumenta os riscos globais.
Qual a visão da Rússia sobre o Brasil?
O porta-voz destacou o Brasil como um “amigo” da Rússia e ressaltou a importância do vínculo histórico entre os dois países. Contudo, ele não entrou em detalhes sobre possíveis colaborações em relação ao conflito na Ucrânia.
O que Peskov disse sobre Donald Trump?
Peskov demonstrou cautela em relação a um eventual retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. Ele reconheceu diferenças entre Trump e a administração Biden, mas afirmou que isso não resultaria em uma solução rápida para a guerra na Ucrânia.
Entenda o caso do alerta russo sobre guerra nuclear
- Escalada global: Crescente risco de conflito nuclear, segundo o Kremlin.
- Críticas ao Ocidente: Apoio militar à Ucrânia e minar a paridade nuclear.
- Mudança estratégica: Atualizações na doutrina nuclear russa para preservar soberania.
- Relação Brasil-Rússia: Enfatizado como vínculo histórico e amistoso.
- Cenário nos EUA: Avaliação cuidadosa sobre o retorno de Donald Trump.
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