Num trimestre que apresenta ainda jazz, clássica e novo circo.
O Auditório de Espinho arranca o ano de 2025 com a estreia de “Shortening the distance” que junta Michael Formanek & Orquestra de Jazz de Espinho, no dia 24 de janeiro. O baixista norte-americano é uma das maiores referências da música improvisada contemporânea tendo contribuído para o desenvolvimento das vanguardas dos anos 90 no jazz, expandindo os limites criativos desta linguagem. Ao vivo, sob direção de Eduardo Cardinho e Paulo Perfeito, a Orquestra de Jazz de Espinho e Michael Formanek vão recriar momentos icónicos de “The Distance”, o icónico álbum do baixista, mas também estrear composições.
A 7 de fevereiro, Joana Gama & Luís Fernandes apresentam o novo “Strata” que assinala 10 anos de parceria do duo de piano e eletrónica. Um espetáculo onde regressam simbolicamente ao início, trabalhando com o cineasta Eduardo Brito, autor da capa de “Quest” e das primeiras fotografias do duo, e Frederico Rompante, criador dos desenhos de luz de todos os seus concertos. Um concerto de profunda imersão e descoberta.
No Dia dos Namorados, o Auditório de Espinho propõe um concerto da Orquestra Clássica de Espinho, sob direção musical de Jean-Marc Burfin, dia 14 de fevereiro. Do repertório farão parte obras musicais inspiradas pelas histórias trágicas de Romeu e Julieta e de Pélleas et Mélisande, pelas orquestrações coloridas de Tchaikovsky e de Fauré, e pela novela “L’Arlésienne” de Alphonse Daudet adaptada ao teatro com música de Bizet.
No dia seguinte, o Auditório de Espinho recebe “Paredes”, um espetáculo inédito de homenagem ao legado do mestre da guitarra portuguesa no seu 100.º aniversário. Esta encomenda feita ao Six Organs of Admittance – projeto musical do guitarrista americano Ben Chasny – e a Norberto Lobo, é umacoprodução com a Culturgest, gnration, Convento de São Francisco, Teatro das Figuras e Tremor.
Ainda em fevereiro, a22, a companhia de novo circo Erva Daninha apresenta “Parque Central”, um espetáculo que traz o espaço público para o interior, apontando para a diversidade de cores, formas, géneros e ações. Com Daniel Seabra, David Valente, Julieta Guimarães, Mafalda Gonçalves, Mau Jara, Nico Mancialez, Raphaela Olivo, Victor Valente e música ao vivo.
A 23, Rita Maria & Filipe Raposo apresentam “The Art of Song vol. 2 – Between Sacred and Profane” onde exploram as influências musicais que cantora e o pianista moldaram, unindo a música clássica, o jazz e o cancioneiro tradicional. Este projeto – iniciado em 2020 com “The Art of Song vol. 1: When Baroque meets Jazz” – reflete sobre a relação do sagrado com o profano, através de canções de várias épocas que celebram o canto como fator primordial de socialização.
Março arranca, dia 2, com “Conchas”, uma colaboração d’Orfeu AC, Teatro e Marionetas de Mandrágora e Franzisca Aarflot produksjoner (Noruega), para crianças até aos cinco anos e suas famílias. Uma história de viajantes pintados na tela, reais e imaginários, inspirada na memória coletiva de Portugal e da Noruega. Através da música, da expressão dramática e corporal, do movimento e das marionetas encontra-se um compromisso cultural identitário.
A 7 e 8 de março, o aclamado compositor Ryuichi Sakamoto é homenageado pelo pianista e compositor João Vasco, pelo violinista Pedro Lopes e pelo violoncelista Fernando Costa em “Sakamoto – 1996”. Ao vivo, o trio vai interpretar obras do álbum “1996”, onde estão reunidas as bandas sonoras que Sakamoto criou para filmes como “O Último Imperador”, “Babel”, “Merry Christmas Mr. Lawrence” ou “O Monte dos Vendavais”. O programa inclui ainda peças do disco “2016”, criado por João Vasco em homenagem a Sakamoto, que será acompanhado por videoarte original.
A 11 de março, um dos maiores nomes do jazz da sua geração: Bill Frisell. Acompanhado pelo baixista Thomas Morgan e pelo baterista Rudy Royston, o guitarrista norte-americano vai contar histórias sobre o jazz e a humanidade com o seu timbre característico e abordagem inconfundível. Da música tradicional americana à improvisação vanguardista, Bill Frisell mistura elementos sonoros, transformando-os numa linguagem muito própria.
O disco que marca a estreia a solo da cantora e multi-instrumentista Margarida Campelo, “Supermarket Joy”, chega ao Auditório de Espinho a 15 de março. Pop, soul, r&b e jazz experimental são alguns dos estilos cruzados no álbum que editou em nome próprio depois de 15 anos ao lado de outros artistas e projetos como Bruno Pernadas, Cassete Pirata, Minta & the Brook Trout ou Julie & the Carjackers.
O Grupo de Percussão da Escola Profissional de Música de Espinho apresenta-se no Auditório de Espinho, a 23 de março, com um programa especial dedicado a crianças e famílias. Neste concerto, o público será transportado para um mundo de sons e ritmos, explorando as infinitas possibilidades dos instrumentos de percussão.
O primeiro trimestre de 2025 chega ao fim com a estreia absoluta de “Radiohead Recomposed” por Mário Delgado & Orquestra de Jazz de Espinho, dia 28 de março. A partir de “OK Computer” e “Kid A”, os álbuns obrigatórios da banda britânica, a Orquestra de Jazz de Espinho encomendou arranjos originais a diversos compositores e o resultado vai ser apresentado em Espinho. Como solista convidado estará o guitarrista Mário Delgado e a direção musical é de Eduardo Cardinho e Paulo Perfeito.
Paralelamente, continuam à venda os bilhetes para os concertos já anunciados para abril, nomeadamente: de Mark Eitzel & Octeto de Cordas, dia 4; Efterklang, dia 5 e 6; e Joan As Police Woman, a 30. Novidade é o concerto de Lorena Álvarez & Projeto Benjamim, dia 13 de abril. Figura singular da música espanhola, a compositora asturiana pegou nas raízes da música folclórica e transportou-as para a modernidade, mostrando que a tradição e a contemporaneidade podem sobreviver em harmonia. Nesta noite, Lorena Álvarez junta-se ao Projeto Benjamim para celebrar a força das canções na passagem do tempo.
Os bilhetes estão à venda em www.musica-esp.pt ou na bilheteira física do Auditório de Espinho.
Fonte: https://comunidadeculturaearte.com/auditorio-de-espinho-celebra-ryuichi-sakamoto-carlos-paredes-e-radiohead/