Se juntamente com a tua criança interior, cresce também um demónio, pode demorar toda uma carreira a descobrir a quem deves passar o microfone. MAVI, rapper da Carolina do Norte, com 25 anos, aprendeu cedo a dançar com os seus fantasmas e a transmitir o baile em canal aberto, numa purga que chega a atuar como terapia; para o maestro e para quem o acompanha.
Desde o seu começo no coletivo KILLSWITCH, com apenas 14 anos, ao lançamento do seu novo Shadowbox, seja através de Laughing So Hard it Hurts, Let The Sun Talk ou até mesmo de Beacon, somos convidados a acompanhar o processo, da ferida à cicatriz, num raro caso de se ver sarar algo que se apresenta constantemente com as costuras rebentadas.
A Comunidade Cultura e Arte esteve presente em mais uma grande noite curada pela Versus e falou com o rapper, numa conversa extensa e íntima sobre encontrar a melhor maneira de nos compreendermos a nós próprios e fazer as pazes com as falhas, sonhos, influências e o quanto a arte desempenha um papel fundamental na criação da sua própria obra, quando a mesma sai diretamente do âmago.
Quero começar por falar sobre um dos primeiros momentos em que tive de parar, ao ouvir o teu novo álbum Shadowbox, para refletir sobre o que estava a ouvir. Em “Drown the Snake” fazes uma declaração bastante poderosa, relativamente à tua criança interior. Há muito diálogo à volta de nutrir a criança interior, quer seja da parte de psicólogos ou psiquiatras ou de pessoas comuns, mas nesta faixa avanças com a teoria de que juntamente com a tua criança interior, há também um demónio que cresce com ela. Chegas ao ponto de dizer que é necessário matá-lo. Consideras que com a tua arte estás a alimentar esse demónio, dando ênfase à sua presença, ou que o acalma, ao fazê-lo sentir-se ouvido?
Provavelmente a acalmá-lo, fazendo-o sentir-se ouvido. E como disse no álbum, estava a tentar descobrir como o matar. O resto do álbum é basicamente eu a aceitar que não é necessariamente um demónio, é apenas uma sombra, que é como um contraponto, uma imagem ao espelho. E assim, sim, como um isómero, sabes, como uma versão diferente de mim. Foi como se silenciar ou apagar essa parte de mim mesmo fosse o que realmente a fez intensificar-se. Por isso, foi como se o auto-reconhecimento e a auto-aceitação me ajudassem a lidar com esse problema que descrevi como uma batalha.
E ainda sentes que precisas de o matar?
Não, não. Acho que o entendo. Só preciso de o compreender e de o ouvir.
De que maneira nutres a tua criança interior?
Definitivamente através da música. É algo que sempre adorei. Nutro-a também através da criação de pontes sobre as lacunas que deixei abrir com a minha família, como por exemplo na minha adolescência. Nutro-a ao poder aventurar-me, viajar e aproveitar o meu maravilhamento infantil, a curiosidade infantil. Sabes o que quero dizer? Continuar a ser curioso.
Algo que pode ser tão desafiante, não é? Manter essa faísca acesa.
Houve uma determinada altura em que ficou difícil fazê-lo, durante algum tempo, mas acho que agora estou num lugar onde estou de volta a essa fase de exploração e aprendizagem, com certeza.
E chegaste lá usando a música como terapia também?
Sim e também através de me priorizar a mim próprio e tornar-me amigo de mim mesmo.
“Tanto a música como a ciência são formas de explorar as minhas curiosidades e obter respostas para questões que tenho sobre mim mesmo.”
Algo muito bonito. A tua música acompanha-te nas diferentes fases da vida, desde o início da tua carreira na KILLSWITCH, a teres ingressado num mestrado de neurociência na faculdade. Dirias que esse curso em particular influenciou a maneira confessional e crua com que crias a tua arte?
Absolutamente. Porque acho que a minha música é muito “microscópica”. Por exemplo, eu agarro em momentos e desmonto-os nos seus componentes elementares. Portanto, acho que a forma como isso se liga a ter começado [a estudar] neurociência é como vemos as nossas experiências, as nossas sensações, as nossas percepções, transformando-as, tirando-as desse estado de fluxo constante de experiências, para vistas microscópicas e ampliadas, frame a frame, do que está a acontecer. E isso é literalmente como a minha estrutura narrativa enquanto escritor, letrista, e outras coisas, é construída. Híper íntima, microscópica.
Parece ser um processo muito cru e emocional, especialmente ao lidar com doença mental. A neurociência deu-te uma perspetiva diferente sobre isso?
Sim, definitivamente.
Talvez para te compreenderes melhor?
Sim, porque havia coisas para as quais não tinha palavras. Como me sentia. Lembro-me de perceber que sentimentos de desgraça iminente eram um sintoma de depressão. E pensei: “Oh meu Deus, o quê?”
Isso faz sentido.
Sim, sinto que tudo vai correr mal a toda a hora e tenho de estar constantemente a tentar perceber que é tudo na minha cabeça. E penso muitas vezes: “Não quero ignorar um sinal”, mas há que colocar isso em preto e branco e lembrar-me: “Isto é parte desta experiência, deste modo de ser”. Isto fez uma grande parte da minha vida fazer sentido.
E foi sempre um plano B ou acabou por se tornar um plano B?
Diria que nenhum dos dois. Acho que não é um plano B agora. Acho que tanto a música como a ciência são formas de explorar as minhas curiosidades e obter respostas para questões que tenho sobre mim mesmo, de maneiras diferentes. E acho que ambas são igualmente importantes para mim.
Como dizes em “Sense”, ainda em Let The Sun Talk, definitivamente fazes música “que precisa ser lida”.
Definitivamente.
Qual é o processo por detrás das tuas músicas; começas por escrevê-las? Como escolhes os produtores? Porque há muitos que são underground.
Sim, acho que varia. Às vezes, a música exige que eu faça algo, como marcar um ponto, em termos de estar certo. E, por vezes, preciso de marcar um ponto relativo ao meu processo de composição ou da minha estrutura ou da minha capacidade melódica. Nesses casos, quando é mais uma interação com o instrumental, geralmente escrevo com o instrumental já feito. Mas, outras vezes, especialmente quando quero voltar a escrever, começo pelas palavras primeiro, porque por vezes surgem ideias quando não tenho instrumentais disponíveis.
“Se tivesse de escrever um manual sobre como escrever um álbum do MAVI, envolveria certamente ir a um museu, ler livros e ver documentários.”
E qual foi o processo de criação do Shadowbox, em específico?
Bem, tinha acabado de sair da estrada, da tour, e estava a passar por muita coisa. Estava a beber muito e a lidar com coisas estranhas. Tive acidentes de carro e uma série de coisas bizarras. Mas, basicamente, logo após momentos muito marcantes ou emocionalmente desgastantes, ia para o estúdio, às vezes no dia seguinte ou até mesmo no próprio dia. Este álbum foi escrito completamente com instrumentais, porque foi totalmente criado no estúdio. Por isso, muito do que aconteceu nesse dia está presente nas músicas do álbum.
Nota-se que é muito honesto.
Sim, é direto. É uma relação direta, de um para um.
De Let The Sun Talk para Shadowbox, diz-me uma coisa que aprendeste sobre ti.
Aprendi a confiar em mim mesmo. Percebi que costumava pensar: “Como é que faço algo que as pessoas vão gostar? Como é que cubro todas as expectativas enquanto artista?”. Mas percebi que tentar cumprir todas as expectativas é uma maneira fácil de criar algo muito aborrecido e pouco cativante. O meu trabalho é mais o de decidir o que gosto de forma urgente e polarizadora, e depois ensinar um novo público a apreciar aquilo de que eu gosto.
Porque também vais sempre tendo novos fãs.
Nunca sabes quando é que vão chegar, não é?
Também é interessante reparar que apesar de desde a “The Inconvenient Truth” ainda em Laughing So Hard It Hurts, por exemplo, onde dizes “why do the world make me feel stupid to be human?”, continuas a insistir em carregar o coração na boca. Um dos maiores exemplos neste álbum mais recente é na tua música “20,000 leagues”, onde te declaras a alguém, dizendo que estarás sempre lá para essa pessoa, aconteça o que acontecer. Com quem sentes que podes ser realmente honesto, a cem por cento?
Às vezes, com ninguém. Às vezes, é por isso que tem de estar na música. Porque é uma expressão de mim mesmo tão vulnerável, que não há ninguém com quem eu não tenha medo de me abrir assim, com receio de como seria visto, depois de dizer essas coisas. Mas, como está numa música, as pessoas podem cantar, sorrir ou o que for, percebes?
Consideras que estamos a evoluir progressivamente para uma sociedade que vê vulnerabilidade e humanidade como fraquezas? Ou vês sinais de mudança em relação a isso?
Não sei. Se me tivesses perguntado isso há talvez sete ou cinco anos, eu teria dito que sim, estamos a evoluir. Mas agora sinto que já não tenho tanta certeza. As pessoas estão a regredir para o seu eu mais assustado, a precisar de políticas e culturas de garantias que continuam a afastar as pessoas umas das outras e delas próprias. Portanto, não sei. Sinto que ganhei o direito a ser ingénuo. Sinto que, à medida que o tempo avança, o progresso também avança. Mas fui ensinado várias vezes a precaver-me e a saber melhor.
Numa entrevista recente, mencionaste que o papel do artista na política é o mesmo que o papel do artista no estúdio ou no museu: dizer a verdade. Como temos mencionado, a tua música é muito pessoal, e és muito vocal sobre questões importantes, como o movimento #MeToo, numa das minhas músicas favoritas tuas, “Self Love”, por sinal, e a morte de pessoas negras às mãos da brutalidade policial. Consideras esta honestidade na tua arte um veículo poderoso para mostrar as tuas opiniões sobre estes assuntos? Vês alguma correlação direta?
Sim, definitivamente. Há coisas na minha mente com as quais tenho dificuldade em me conformar e não sei o que fazer em relação a isso. E é uma coisa corajosa e difícil envolver essas coisas na tua arte, por um lado, e depois, por outro lado, está o facto de ser o teu sustento. É como apresentares-te como um ser político no local de trabalho. Portanto, vejo definitivamente uma correlação, mas é um trabalho corajoso e difícil.
Sentes pressão para o fazer?
Pressão para não o fazer, mais do que pressão para o fazer, honestamente.
Pareces ser também muito influenciado por arte e cultura na tua obra. Há diversos exemplos; mencionas o livro The Giver de Lois Lowry, em “Daylight Savings”, vários títulos de alguns dos teus sons referem-se a outras obras como Guernica ou Ghost In The Shell. Qual consideras que seja o papel do teu consumo de arte na criação da tua própria arte?
Desempenha um papel enorme. É direto. Se tivesse de escrever um manual sobre como escrever um álbum do MAVI, envolveria certamente ir a um museu, ler livros, ver documentários. Considero que, sendo um veículo onde as entradas são inspiração e as saídas são produtividade artística, continuar a ter entradas variadas que me toquem profundamente de uma forma espiritual e inspiradora é como consigo ser o meu eu mais produtivo artisticamente.
“As pessoas estão a regredir para o seu eu mais assustado, a precisar de políticas e culturas de garantias que continuam a afastar as pessoas umas das outras e delas próprias.”
Algum exemplo de algo que te tenha impactado a esse nível, recentemente?
Li recentemente Cat’s Cradle de Kurt Vonnegut, muito bom. E vi recentemente o documentário Invisible Beauty sobre a primeira modelo negra, Beth Ann Hardison. É uma história incrível, pois infelizmente ela já faleceu, mas em fins dos anos 60 e durante os 70 e 80, teve toda uma carreira como modelo e depois fundou a sua primeira agência de modelos negra. Teve modelos icónicos na sua agência, como o primeiro rosto negro da Polo, Tyson Beckford e basicamente introduziu a defesa pela inserção de rostos negros no mundo da moda, como em Paris e Nova Iorque. Quando caiu o Muro de Berlim, o estilo muito magro, loiro, oriental, que estava bloqueado pela Cortina de Ferro e pelo Muro de Berlim, basicamente inundou o mercado. E depois vês os desfiles a passarem de ter cinco meninas negras para, tipo, uma ou nenhuma. Então a Beth Ann Hardison foi um nome crucial para a defesa dessa causa, tendo lutado pela constante inserção de pessoas negras no mundo da moda.
Eu ia perguntar-te se… não é tão interessante, mas só um facto divertido. Na música Latch, em Shadowbox, tu dizes: ” I set my core aside, like, fuck the source, cure my symptoms”, o que me lembrou muito do filme The Substance (ler crítica). Já viste?
Não, é sobre o quê?
The Substance é sobre uma mulher que toma uma substância para se tornar numa nova e “melhorada” versão de si mesma. Para ser atraente. É muito macabro. É muito body horror. E foi difícil para mim assistir, mas acho que a mensagem está lá. Mostra definitivamente um olhar bastante feminista.
Vou ver isso, de certeza.
Sim, acho que vais adorar. E também, já que estamos a falar sobre toda a arte que consomes, vi que estás a tentar utilizar uma sample de The Boondocks. Tenho de perguntar, dado que também é um dos meus cartoons preferidos, qual é a sample que queres utilizar?
Então, a música [na qual quero inserir esse sample] é sobre o papel que o hip-hop tem em promover sistemas culturais negativos na comunidade negra. E a sample que queria usar é relativa a uma parte dos Boondocks onde é tipo, um “n**** moment”, onde as personagens se metem numa situação relacionada com isso. E depois, no final, ouve-se a mãe de alguém a chorar, a dizer, “my baby, my baby.” (risos). Essa é a parte que eu queria usar.
Então isso significa que já estás a trabalhar em algo novo.
Sim, neste preciso momento. Estou sempre a trabalhar em algo novo hoje em dia, certamente.
E é algo para breve?
Hell yeah.
Já colaboraste com grandes nomes como Earl Sweatshirt, The Alchemist, Pink Siifu. Ainda tens alguma colaboração de sonho?
Muitas das minhas colaborações de sonho já morreram, infelizmente: MF Doom, J Dilla. É difícil. Miles Davis… Quincy Jones! Quincy Jones era o meu número 1.
Foi uma grande influência para ti?
Sim, porque eu costumava tocar instrumentos e sinto que o Quincy Jones foi um dos poucos homens a conseguir realmente captar a maestria instrumental e a ter uma compreensão profunda da música. da teoria musical de uma perspetiva composicional, e depois traduzir isso para fazer música pop realmente envolvente. Nunca conheci alguém que conseguisse capturar essa interseção tão bem como ele. Mas em termos de pessoas vivas, gostava de colaborar provavelmente com o André 3000.
Tipo o André 3000 atual ou…
Vou fazê-lo fazer rap com uma flauta. Adorava também colaborar com a Erykah (Badu). Olha, o DJ Premier, Madlib, um monte de gajos.
E como foi trabalhar com o Earl (Sweatshirt)? Ele esteve recentemente em Lisboa também, com a Versus.
Tenho tanto amor por ele. E sinto que foi algo muito natural. Senti-me como se já o conhecesse há anos, porque de muitas maneiras somos diferentes, mas de muitas outras maneiras somos muito semelhantes.
Lembras-te da primeira vez que se conheceram?
Sim, foi na casa do Alchemist. Ele levou-me a L.A. e pôs a tocar vários discos de hip hop antigos que eu nunca tinha ouvido. Deu-me imensa erva de graça e disse-me: “Se vais ser rapper, tens de ouvir estas cenas.” Deu-me uns conselhos muito sólidos.
A escola do hip hop ali.
Sim, exatamente. Rap game.
E ontem foste mencionado no Camp Flog Gnaw pelo Jordan Ward.
Meu menino Jordan Ward, outra colaboração de sonho.
Tens algum local de sonho para tocar?
Amava tocar no Camp Flog Gnaw, amava tocar no Coachella. Ah! E há um sítio em Denver, Colorado, no meio da natureza, chamado Red Rocks Amphitheater, esse é o meu sítio de sonho para tocar, absolutamente. Número 1.
Quando disseste que era no meio da natureza, suspeitei logo que fosse esse. Com o teu tipo de música, ia ser um concerto mesmo lindo.
Eu chorava.
Sentes alguma pressão para te reinventares? Qual é o teu objetivo principal de momento?
Ser o melhor rapper do mundo. O melhor rapper vivo.
Porque dizes “I´m a robot for the media” na “Drunk Prayer” deste novo álbum?
Há certas coisas que se eu dissesse, não iam ser muito fixes para a minha carreira. Mas em certas alturas, gostava de poder dizê-las.
O que me traz à próxima questão: pareces muito próximo dos teus fãs, por exemplo, no X (ex-Twitter). Enquanto artista, hoje em dia, sentes-te pressionado a ter uma presença nas redes sociais? É algo que sentes que beneficia a tua carreira diretamente?
Acho que não benefício disso diretamente. Acho que o faço maioritariamente porque é tão gratificante para mim tornar-me mais próximo das pessoas que ouvem a minha música, entendê-las e entender também o que ganham em ouvir a minha música.
Sim, mantém-te focado na direção.
Sim, é uma motivação. E sinto-me às vezes, enquanto artista, como se não tivesse direção. Dão-te uma tela em branco. Mas as experiências das pessoas com a minha música dão-me uma nova direção. Assim é-me permitido evocar uma certa emoção e fazer com que as outras pessoas também o sintam.
Precisamente devido ao X (ex-Twitter), vi que conheceste o Dylan, o teu ouvinte número um.
Absolutamente.
Que impacto tem isso em ti, saber que um total desconhecido, sem uma cara familiar, está constantemente a ouvir-te no seu dia a dia?
Isso deixou-me completamente de boca aberta… nem sabia o que dizer.
De quantas horas estamos a falar? Chegaste a saber?
Foi muito. 60 minutos é uma hora, ele ouviu-me durante umas 10 mil horas.
Meu Deus. Ele ama-te.
Eu amo-o.
Que giro. Mas já se conheceram pessoalmente? Como foi a reação dele?
Sim, em Londres. Eu nem estava a conseguir acreditar. Ele ali, super relaxado com a situação e eu pronto para chorar (risos).
Pareces muito humilde com os teus fãs, honestamente. Isso é bonito.
Eu acho que é só ser humilde enquanto pessoa. Porque tens de provar… Se pensas que és alguma coisa, tens de provar que não és. Sabes?
O que esperas transmitir aos teus fãs?
Coragem e companheirismo.
E de quem é que és fã número 1?
Eu? Tipo no Spotify?
Por exemplo, sim. Mas acho que ainda não saiu o Spotify Wrapped.
Todos os anos, o meu artista número um é Drakeo the Ruler. É um rapper de L.A
O meu é o Mac Miller, quase sempre.
Eu adoro-o.
E vai sair o Balloonerism…
Sim! Estou muito entusiasmado.
Que música ou verso teu consideras a tua melhor criação?
A que acabei de escrever hoje.
Queres contar-nos?
Vou guardar. Acabei de escrever hoje. Foi deste ar de Portugal.
Para terminar e nesse tópico, em Guernica dizes: “Ain’t finna stop until I taste good couscous. I aim for the top”. O que é que esperas alcançar aqui em Lisboa? Já comeste alguma coisa?
Não, mas estava a andar por aí e parecia que havia comida deliciosa. Especialmente comparado com Londres.
Sim. Bem, isso te garanto. Devias experimentar. Muito obrigada, Mavi,
Obrigado, eu. E pelas stories no Instagram do seu colega Goya Gumbani, que também atuou nessa noite, parece-nos que o manjar foi salada de polvo, com um veredito de 13/10.
Fonte: https://comunidadeculturaearte.com/entrevista-mavi-tentar-cumprir-todas-as-expectativas-e-uma-maneira-facil-de-criar-algo-muito-aborrecido-e-pouco-cativante/