
A futura atuação do cantor porto-riquenho Bad Bunny no intervalo do Super Bowl, o campeonato de futebol americano, deixa apoiantes de Trump indignados, noticiou a Agence France-Press na terça-feira.
“Odeia o Trump, não tem músicas em inglês, a Liga de futebol americano, NFL, está a autodestruir-se ano após ano”, declarou Benny Johnson, produtor de conteúdo com mais de cinco milhões de seguidores na plataforma digital youtube, na segunda-feira, na rede social X, criticando o cantor porto-riquenho.
O Super Bowl do próximo ano vai acontecer no dia 08 de fevereiro em Santa Clara, na Califórnia e o vice-assistente do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Sébastien Gorka, na rede social X, acusou também a NFL “de não ler a sala”.
Nas redes sociais, o cantor e a NFL, estão a ser atacados por muitos produtores de conteúdo conservadores do movimento do presidente dos EUA, Donald Trump, “Make America Great Again” (MAGA), que em português significa tornar a América Grande Novamente.
O produtor de conteúdo de extrema-direita Jack Posobiec, com mais de três milhões de seguidores na rede social X também criticaram a decisão.
“O melhor amigo do (antigo presidente) Barack Obama, (músico) Jay-Z, gere o processo de seleção do Super Bowl através da sua empresa, a Roc Nation, que tem um contrato exclusivo com a NFL. É ele quem escolhe o espetáculo do intervalo, o espetáculo musical mais visto nos Estados Unidos”, disse Jack Posobiec no X, na segunda-feira.
Muitas das pessoas que ficaram indignadas com a decisão, criticam Bad Bunny por cantar apenas em espanhol, destacando que muitos chamam o músico de “demoníaco”, segundo a Agence France-Press (AFP).
Os críticos de Bad Bunny também não gostam da forma como o cantor desafia as normas tradicionais do género e da forma como se veste e se maquilha.
O cantor, que apareceu vestido de mulher num dos seus videoclipes, defende os direitos LGBTQIA+ e é contra o preconceito com pessoas trans.
Bad Bunny (nome artístico do músico Benito Antonio Ocasio), um dos artistas mais ouvidos do mundo, tinha apoiado a democrata Kamala Harris contra Donald Trump para as eleições presidenciais de 2024.
Desde que regressou ao poder, o presidente republicano tomou inúmeras decisões visando as pessoas transgénero e os imigrantes ilegais, especialmente os da América Central e Latina.
Desde 2019 que o intervalo do Super Bowl, um dos principais eventos da cultura popular americana, é produzido pela Roc Nation, empresa da estrela do rap que se tornou mega-empresário Jay-Z.
Fonte: https://comunidadeculturaearte.com/futura-atuacao-do-cantor-bad-bunny-no-super-bowl-deixa-apoiantes-de-trump-em-furia/