General D, pioneiro do rap português, regressa aos palcos para celebrar “33 anos de atitude” na Maia e em Lisboa

General D regressa aos palcos para celebrar “33 anos de atitude” no auditório exterior do Fórum da Maia, este sábado, dia 20 de setembro; e na Casa Capitão, em Lisboa, no dia 17 de outubro, pelas 21h00.

Para este arranque de digressão convidou músicos da mesma geração, com conhecimento em batidas africanas, e o resultado tem sido o pretendido: um som único. A poesia vem depois, primeiro está a melodia. Ao lado de Ximbinha Mamede (director musical), Carlos Chiemba (baixo), Jelber Oliveira (teclados), Gabriel Ferreira (bateria), Dora Fidalgo (vozes), Henrique Morales (guitarra) e Mauricio (percussão), Sérgio Matsinhe aka General D vai voltar a tocar ao vivo temas como “Black magik woman”, “Pedro pedreiro”, “Ritual karapinhas” e “Ximbá ximbá”.

“Sinto-me como um peixe de aquário que volta a nadar na água do mar. Hoje não me sinto a batalhar sozinho e é essa a diferença do meu regresso, em 2014. Tenho o privilégio de tocar com um grupo de músicos que além de serem tecnicamente de grande nível também são pessoas que vibram na mesma frequência e isso faz o processo rolar de forma natural. A equipa está toda na mesma trincheira, do agente ao manager, dos músicos aos técnicos, e isso faz-me sentir que fazer música e estarmos juntos é, de facto, o mais importante. Os ensaios viraram uma festa e os concertos serão um arraial”, partilha General D.

Rapper português de ascendência moçambicana, um dos precursores do rap e hip-hop em Portugal, foi o organizador do primeiro festival rap em Portugal, na Incrível Almadense, em 1990, onde tocaram os Black Company (de que fazia parte e foi um dos fundadores) e os Africa Power. Em 1993 estreou-se com o tema “Norte Sul” e um ano depois lançou o EP “PortuKKKal É Um Erro”. Em 1995 saiu o álbum “Pé Na Tchôn, Karapinha Na Céu”, gravado com Os Karapinhas, e o primeiro single foi “Black Magic Woman”, que tinha a participação de Sam.

O álbum “Kanimambo” foi editado em 1997, do qual fazia parte o single “Estado de Sítio”. O terceiro álbum começou a ser pensado, o single foi gravado na Jamaica, com a dupla Sly & Robbie, mas nunca chegou a ser lançado.

Depois de algumas viagens e uma temporada em Londres, General D regressou a Portugal para participar no Festival Mistura, em 2014.

Em Londres lançou, em 2020, a marca de produtos naturais Imella, que aposta na nutrição e saúde através de alimentos ancestrais, especialmente o sea moss – uma alga rica em iodo e nutrientes vitais. Com um estilo de vida saudável, pratica o self love – alimenta a alma e o corpo, celebra a música e o bem-estar.

Volvidos 11 anos da última vez que se apresentou ao vivo em Portugal, o apontado “pai do hip-hop português” está de volta e são muitos os motivos para celebrar.

O concerto deste sábado, no âmbito da 8.ª edição do Sons do Património, é de entrada livre. Já os bilhetes para o concerto na Casa Capitão custam 16,30€ e estão à venda nos locais habituais e on-line.