
O Teatro Municipal de Bragança vai abrir portas a 38 espetáculos, com 41 programações, a partir de hoje, até ao final do ano, adiantou, aos jornalistas, o diretor do espaço cultural.
Na apresentação da programação para os últimos quatro meses do ano, João Cristiano Cunha destacou a “diversidade” dos espetáculos, de “teatro, música e dança”.
Este fim de semana arranca o festival “Música na Paisagem”, que tem como objetivo levar música a vários lugares do Parque Natural de Montesinho, “enquadrando-a na paisagem que é a natureza, as aldeias e as pessoas”. Pela primeira vez, acontece no Santuário Nossa Senhora da Hera, em Cova de Lua.
Destaque ainda para o Bragança Classicfest, que vai já na quinta edição, um festival de música erudita, que decorre de 27 de setembro a 11 de outubro, com oito espetáculos, quatro gratuitos, dos quais três acontecem na Igreja de São Francisco e o de abertura na Basílica de Santo Cristo de Outeiro. Os restantes acontecem no teatro municipal.
Entre 18 e 22 de novembro, haverá também o “Bô Jazz”, uma homenagem a Francisco Vidente de Sousa, uma fígura “ímpar” e “marcante” da cultura brigantina no século XX. O evento conta com a direção artistica do seu neto, que irá tocar, numa mesa DJ antiga, os discos do avô.
Ainda no que toca à música, o espaço cutural acolherá filhos da terra, nomeadamente, em novembro, com o regresso da banda “Odores de Maria”, cerca de 20 anos depois. Também contará com duas digressões nacionais, os 45 anos dos GNR e Pedro Abrunhosa e Comité Caviar.
Mantêm-se os espetáculos de serviço educativo, com ensaios abertos de carácter pedagógico, como forma de educar públicos, e ainda masterclasses para alunos de música.
O público pode ainda contar com três coproduções teatrais, uma delas sobre o envelhecer em casa, um retrato do que acontece na região e no interior do país.
Contrariamente ao habitual, o Teatro Municipal de Bragança vai ser palco de uma projeção cinematográfica, do realizador João Botelho. “As meninas exemplares” é nome do filme, inspirado nas pinturas de Paula Rego, que também estarão em exposição no teatro de Bragança. Além disso, o realizador vai contactar com o público, numa sessão de comentários.
A comédia também faz parte da agenda, com espetáculo “Lar Doce Lar” de Maria Rueff e Joaquim Monchique.
O diretor do teatro adiantou ainda que, de janeiro a julho, foram realizados 64 espetáculos, 86 sessões, que alcançaram 13.100 espectadores, com uma taxa global de ocupação de sala de 88,2%, níveis que considera de “excelência”.
O orçamento anual do município de Bragança para a programação do teatro é de cerca de 400 mil euros.
“Está muito ajustado à realidade de Bragança, concelho e distrito. Temos apresentado dentro destes valores uma programação bastante eclética, de qualidade, e o público tem respondido”, rematou João Cristiano Cunha.
O espaço cultural esteve fechado durante o mês de agosto, para manutenção. Abre hoje a bilheteira.
Fonte: https://comunidadeculturaearte.com/teatro-de-braganca-com-38-espetaculos-ate-ao-final-do-ano/