Artistas e entidades realizam atos contra a PEC da Blindagem e a anistia aos golpistas neste domingo (21)

No caso da PEC, aprovada em dois turnos na Câmara, o foco de parlamentares governistas da Câmara e de figuras públicas é pressionar o Senado, onde alguns congressistas influentes já disseram que o texto não deve prosperar.

Até esta quinta-feira, já havia manifestações confirmadas em várias capitais do país: Brasília, com concentração no Museu da República, às 10h, Belém, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre e Curitiba. 

A União Nacional dos Estudantes (UNE), que se soma à convocação do ato destaca que “enquanto milhões de trabalhadores enfrentam jornadas exaustivas, a extrema direita insiste em proteger seus aliados e passar a boiada da impunidade. Por isso, o povo brasileiro não vai aceitar!”.

Já a União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), que convoca o ato em São Paulo junto às demais entidades, ressalta a luta contra “a PEC da Blindagem e a Anistia para golpistas”.

Estudantes e toda a população estão convocados a ocupar as ruas em todo o país. Em São Paulo, o ato será neste domingo (21 de setembro) às 14h na Avenida Paulista. Precisamos dar uma resposta firme a esses que pensam que mandam no Brasil. Queremos um parlamento que discuta melhorias para a educação, para a classe trabalhadora, que esteja comprometido com o avanço da nação — e não um Congresso que legisle em causa própria e ataque o povo brasileiro”.

Dos artistas que aderiram à mobilização, está o cantor e músico Caetano Veloso, que refutou a anistia e chamou a proposta de blindagem de “PEC da Bandidagem”. Ele disse que o povo precisa responder nas ruas.

“A PEC da bandidagem, que é o que é, PEC da bandidagem, tem que receber da sociedade brasileira uma resposta saudável, socialmente saudável. Uma manifestação de que grande parte da população brasileira não admite um negócio desses, ainda mais sendo agora, às pressas, levada à frente esse projeto de anistia. Não pode ficar sem resposta por parte da população brasileira. A gente tem que ir para a rua, para a frente do Congresso, como já fomos outras vezes. Voltar e dizer que não admitimos isso, como povo, nação. Não admitimos”, afirmou, em um vídeo publicado em suas redes sociais.