6 de outubro de 2025
Brasil termina Mundial de Atletismo Paralímpico em 1º lugar
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No último domingo (5), o esporte Paralímpico do Brasil viveu um dia histórico. Pela primeira vez, o país terminou o Campeonato Mundial de Atletismo na ponta do quadro de medalhas, na competição em Nova Déli, na Índia. Foram 44 pódios, sendo 15 ouros, 20 pratas e 9 bronzes. A China ficou na segunda colocação, com 52 medalhas: 13 ouros, 22 pratas e 17 bronzes.

Ainda, para se ter a dimensão do feito brasileiro, esta é somente a segunda vez que a China não fica no topo do quadro de medalhas do Mundial de Atletismo Paralímpico. A última vez foi há 12 anos, quando a Rússia ficou em primeiro, na edição de Lyon, na França. Em terceiro lugar para esta edição de 2025 ficou o Irã, com 9 ouros e 16 medalhas ao todo.

Segundo o Comitê Paralímpico, a excelente campanha é resultado de um trabalho que já vinha sendo feito. Nas últimas três participações (em Kobe em 2024, em Paris em 2023 e em Dubai em 2019), o Brasil terminou na segunda colocação.

Em suas redes sociais, o presidente Lula parabenizou a delegação brasileira. 

Além do recorde de medalhas, teve atleta brasileiro dando show no primeiro lugar do pódio. Jerusa Geber ganhou duas de ouro, fazendo a melhor marca na prova dos 200 metros T11 (de deficiência visual): 24 segundos e 88 milésimos. Ela se tornou a atleta brasileira, entre todos, com mais medalhas na história dos Mundiais. Já subiu ao pódio 13 vezes e levou para casa 7 ouros, 5 pratas e 1 bronze. Detalhe: todos os atletas brasileiros participaram da competição patrocinados pelo Bolsa Atleta.

No último dia do mundial, o Brasil conquistou seis pódios: três ouros, uma prata e dois bronzes. A potiguar Maria Clara Augusto ficou com a medalha de prata na final dos 200m T47 (deficiência nos membros superiores), com o tempo de 24s77, sua melhor marca da temporada. Nas eliminatórias, ela havia feito 24s97, que até então era sua marca mais rápida.

Já em sua estreia, a também potiguar Clara Daniele teve uma reviravolta e conquistou o ouro na final dos 200m T12 (deficiência visual). A vitória veio após a desclassificação da atleta venezuelana Alejandra Paola Lopez, que havia cruzado a linha em primeiro com 42s20. A arbitragem observou que o atleta-guia da Venezuela puxou a competidora antes da linha de chegada, o que não é permitido nas regras.

A Venezuela entrou com recurso, mas ele foi rejeitado. Com isso, Clara Daniele, que havia completado a prova em 24s42,  sua melhor marca na temporada, foi declarada vencedora. A prata ficou com a indiana Simran, e o bronze, com a chinesa Shen Yaqin.

Fonte: https://horadopovo.com.br/brasil-termina-mundial-de-atletismo-paralimpico-em-1o-lugar/