21 de março de 2025
Câmara de São Luís debate o impacto das fortes chuvas
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Publicado por Adriana Nogueira
| Data da Publicação 20/03/2025 14:06
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A Câmara Municipal de São Luís realizou nesta quarta-feira (19), uma audiência pública para discutir os impactos das chuvas intensas na cidade e as ações adotadas pela Prefeitura para minimizar os danos à população. A iniciativa foi do vereador Raimundo Penha (PDT) e contou com a presença do secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, David Col Debella, do secretário municipal da Criança e Assistência Social, Júnior Vieira, e do superintendente da Defesa Civil de São Luís, Alexssandro Nogueira.

O vereador Raimundo Penha destacou a urgência do debate e apresentou vídeos e imagens de áreas afetadas pelos temporais recentes. Ele mencionou casos críticos, como o rompimento da ponte do Pirapora, o alagamento no Residencial Vila Esmeralda e os constantes problemas no canal da Forquilha. “Nosso objetivo aqui é discutir e entender o que tem sido feito pela Prefeitura e o que ainda pode ser feito para minimizar os estragos e garantir segurança para a população”, enfatizou Penha.

O secretário de Obras e Serviços Públicos, David Col Debella, afirmou que a gestão municipal tem buscado soluções para problemas históricos de alagamentos e infraestrutura precária. Ele explicou que nos últimos quatro anos houve avanços na iluminação pública e melhorias estruturais em diversas áreas da cidade mas reconheceu que o período chuvoso impõe dificuldades.

“O rompimento da ponte do Pirapora não foi um colapso total. Assim que identificamos o problema, isolamos a área e iniciamos os trabalhos de contenção. Estamos trabalhando para resolver a situação em até 30 dias”, declarou Col Debella.

O secretário também citou os desafios enfrentados no canal da Forquilha, apontando as construções irregulares como um fator que agrava a situação. “Já desenvolvemos um projeto

de drenagem profunda para a região, que será realizado em conjunto com o canal do São Bernardo”, garantiu.

Além disso, foram apresentados dados sobre ações da Prefeitura, como 79 km de canais limpos, 170 toneladas de materiais retirados de vias e galerias, 331 passagens molhadas restauradas e 479 novas bocas de lobo construídas.

Col Debella também mencionou obras em andamento, incluindo o fechamento do canal da Cidade Olímpica, a requalificação da drenagem profunda em áreas como Santa Clara, Tirirical, Cohafuma e Porto Grande, além de intervenções no mercado central e na Feira do São Francisco.

O secretário da Criança e Assistência Social, Júnior Vieira, afirmou que a Prefeitura tem um plano de contingência para monitorar áreas de risco, como a Vila Flamengo e a Portelinha, região de palafitas entre Ilhinha e São Francisco.

“Temos equipes atuando nessas regiões, garantindo benefícios emergenciais como auxílio-moradia e cestas de alimentos. Atualmente, acompanhamos 282 famílias que recebem cestas básicas nessa região e estamos reformando equipamentos importantes, como CRAS, CREAS e Conselhos Tutelares”, destacou Vieira.

Sobre o auxílio-moradia, ele explicou que o benefício é de R$ 400 por até nove meses, mas que muitas famílias não aceitam sair de suas casas, dificultando a atuação do poder público. “Nosso papel é garantir assistência, mas algumas famílias preferem permanecer mesmo em áreas de risco”, afirmou. Sobre o auxílio, o vereador Raimundo Penha propôs que sejam realizados debates para verificar a possibilidade do aumento do valor do benefício.

O superintendente da Defesa Civil Alexssandro Nogueira ressaltou que o órgão tem agilizado os atendimentos e que das 222 solicitações registradas em 2025, apenas cinco ainda não foram resolvidas.

“Quando assumimos a Defesa Civil, encontramos 350 ocorrências sem resposta da gestão anterior. Hoje estamos trabalhando com mais eficiência e rapidez”, afirmou Nogueira.

Ele também destacou que a Vila Esmeralda não é oficialmente catalogada como área de risco, mas que o órgão fará uma visita técnica para avaliar a situação. Além disso, mencionou

que a Defesa Civil realiza o mapeamento anual de áreas vulneráveis, incluindo mais de 800 casarões no Centro Histórico.

A audiência pública permitiu um diálogo aberto entre o Legislativo e o Executivo sobre os desafios enfrentados pela cidade durante o período chuvoso.

O vereador Raimundo Penha encerrou a audiência ressaltando a importância do debate e cobrando a execução dos compromissos assumidos. “A cidade precisa de soluções definitivas e acompanhamento constante para que os problemas estruturais não se agravem a cada período chuvoso”, concluiu.

Fonte: https://centraldenoticiasbrasil.com/cidades/camara-de-sao-luis-debate-o-impacto-das-fortes-chuvas-em-sao-luis.html