
Foto: Divulgação/CNPEM
No dia 21 de agosto de 2025, teve início no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, a execução das fundações e instalação dos pilares do Orion, complexo laboratorial de máxima contenção biológica (NB4) pioneiro na América Latina e o primeiro no mundo conectado a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius.
As obras marcam a transição da fase de escavações e terraplanagem, iniciadas em maio de 2024 com a retirada de cerca de 40.000 m³ de solo, essenciais para a construção do subsolo, que abrigará depósitos, sistemas elétricos e de TI, áreas de carregamento, estoques e caldeiras para tratamento térmico de efluentes. Após essa etapa preparatória, foram conduzidos testes necessários à segurança e estabilidade da futura infraestrutura.
“Antes das fundações, as obras no terreno do Orion passaram por uma fase essencial de escavações e terraplanagem, iniciadas em maio de 2024, com a remoção de aproximadamente 40.000 m³ de solo para atingir a profundidade necessária ao futuro subsolo da infraestrutura. Essa etapa preparatória, além de garantir as condições estruturais adequadas, cria a base para a posterior construção de áreas estratégicas — como depósitos, sistemas de carregamento, instalações elétricas e de TI, estoques e caldeiras para o tratamento térmico de efluentes. Todo esse trabalho foi conduzido em harmonia com a operação contínua do Sirius, cuja linha de luz mais sensível se encontra nos arredores imediatos do Orion”, disse Sergio Marques.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, comemora o marco e projeto os impactos da infraestrutura científica para o país. “O início das fundações do Orion representa um marco histórico para a ciência do Brasil. Estamos falando de um laboratório de máxima contenção biológica (NB4), inédito na América Latina e que vai colocar o país em um patamar de liderança, sendo o primeiro do mundo conectado a uma fonte de luz síncrotron, o Sirius. O laboratório será essencial para o desenvolvimento de pesquisas em áreas como biossegurança, saúde pública e controle de pandemias. Essa obra, que integra o Novo PAC, mostra como os investimentos em ciência e tecnologia estão sendo tratados como prioridade pelo governo do presidente Lula. Essa iniciativa é um exemplo concreto de como o PAC transforma recursos em obras estratégicas, capazes de impactar a vida das pessoas”, ressaltou.
Com a execução das fundações, espera-se concluir esta fase até o final de 2025, com a montagem da estrutura e sistema de cobertura prevista para ter início no começo de 2026. O Diretor-Geral do CNPEM, Antônio José Roque da Silva, ressaltou que a chegada a este ponto é fruto de intenso planejamento e compatibilização entre áreas técnicas, resultando em um projeto amadurecido e otimizado, capaz de avançar de forma eficiente para a fase estrutural do Orion e Informações do Brasil. O diretor adjunto de infraestrutura, Sérgio Marques, por sua vez, frisou a importância de conduzir essa etapa com segurança, especialmente considerando a proximidade com o Sirius, cuja linha de luz mais sensível se encontra nas imediações do Orion Hora.
O Orion consolida um importante avanço científico no Brasil. O complexo reunirá várias linhas de luz síncrotron — Sibipiruna, Timbó e Hibisco — que permitirão realizar avanços analíticos e bioimagens em patógenos, ampliando capacidades em diagnósticos, vacinas, vigilância epidemiológica e saúde pública. Aberto à comunidade científica e órgãos públicos, o Orion será fundamental não apenas para aprofundar a soberania nacional no enfrentamento de crises sanitárias, mas também para fortalecer campos como defesa, meio ambiente e o sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do país.
O investimento no projeto Orion é estimado em cerca de R$ 1,5 bilhão, distribuído ao longo das fases de construção e instalação. A previsão de disponibilidade de infraestrutura básica é para 2027, com os primeiros experimentos iniciais possivelmente a partir de 2028 e operação plena prevista para 2029. A obra integra iniciativas como o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é financiada com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e apoiada pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Saúde.
Fonte: https://horadopovo.com.br/cnpem-inicia-fundacoes-do-orion-complexo-cientifico-de-maxima-seguranca-biologica/