A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em São Paulo (CTB-SP) repudiou a aprovação, pela Assembleia Legislativa (ALESP), do projeto de lei do governador Tarcísio de Freitas que extingue a Fundação para o Remédio Popular (Furp).
Em seu site, a Central afirma que a Furp “cumpria um papel estratégico na produção e distribuição de medicamentos essenciais para o Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo mais de 500 municípios paulistas”.
A entidade fez um alerta, afirmando que o projeto representa “o risco de desmonte do serviço público em São Paulo”.
De acordo com o texto aprovado, as atribuições da Furp serão incorporadas pelo Instituto Butantan, com a criação da “Butantan Farma”, e cerca de 500 funcionários serão transferidos para a Secretaria de Estado da Saúde. “No entanto, permanecem incertezas sobre o futuro das unidades de produção em Guarulhos e Américo Brasiliense, o que abre margem para processos de privatização e desmonte da estrutura pública”, afirma a CTB-SP.
“O governo Tarcísio tem seguido a cartilha neoliberal, atacando empresas e fundações públicas que cumprem papel essencial para a população. A Furp não é apenas uma fábrica de medicamentos, é uma garantia de acesso à saúde, de produção nacional e de soberania sanitária. Extingui-la é um retrocesso social e estratégico”, afirmou o presidente da CTB-SP, Rene Vicente.
Rene Vicente destaca que, “infelizmente, mais uma vez vimos a maioria dos deputados alinhados ao governo votar sem debate com os trabalhadores, com as entidades sindicais e com a sociedade civil”. “O que está em jogo é o direito do povo pobre ao remédio gratuito, e isso não pode ser tratado como mera questão administrativa”, acrescentou.
Para o líder sindical, “é preciso garantir que nenhuma etapa da produção e distribuição de remédios seja entregue à lógica do mercado”. A saúde é um direito, não um negócio. A CTB-SP estará ao lado dos trabalhadores e das entidades que lutam para impedir qualquer retrocesso”, concluiu.
Fonte: https://horadopovo.com.br/ctb-repudia-projeto-de-tarcisio-que-extingue-fundacao-para-o-remedio-popular/
