
Foto: SMSJC
Os metalúrgicos da Embraer rejeitaram a proposta apresentada pelo grupo patronal durante negociação da convenção coletiva e aprovaram estado de greve. A assembleia foi realizada nesta terça-feira (9) e reuniu cerca de 2 mil trabalhadores na entrada do primeiro turno da sede da empresa.
Um dos principais impasses é a tentativa da direção da Embraer de reduzir a estabilidade no emprego aos empregados lesionados em decorrência de doença ou acidente ocupacional. “Nada justifica a postura da Embraer em retirar direitos de trabalhadores que perderam a saúde na fábrica. A empresa recebe financiamentos bilionários do BNDES, alcançou um lucro de R$ 675 milhões no segundo trimestre de 2025 e segue em tendência de crescimento. Os trabalhadores já deixaram o recado na assembleia de hoje: sem direitos, não haverá produção”, afirma o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), Herbert Claros.
Segundo o sindicato, desde 2018 a Embraer vem impondo como condição para assinar a convenção coletiva a redução da estabilidade para 21 meses em caso de lesão provocada por doença e 60 meses para acidentes. A última convenção coletiva, assinada em 2017, garantia estabilidade até a aposentadoria para metalúrgicos que se lesionarem em razão de doenças ou acidentes ocupacionais.
A pauta de reivindicações está sendo negociada pelo sindicato com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), representante da Embraer e de todo o setor aeronáutico.
No próximo sábado (13), a categoria realiza assembleia geral para votação de propostas de diferentes setores, incluindo o aeronáutico, na sede do sindicato, em São José dos Campos, e, no dia 15, acontece nova rodada de negociação.
Fonte: https://horadopovo.com.br/metalurgicos-da-embraer-rejeitam-corte-de-direitos-e-entram-em-estado-de-greve/