
Igor Eduardo Pereira Cabral espancou covardemente a namorada – Foto: Reprodução
No último sábado, dia 26 de julho, no bairro de Ponta Negra, zona Sul de Natal (RN), dentro de um elevador de condomínio de luxo, o estudante Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, espancou covardemente a namorada, Juliana Soares, de 35 anos, com mais de 60 socos no rosto, enquanto câmeras de segurança registraram toda a brutalidade.
O ataque teria sido motivado por ciúmes, após o agressor encontrar mensagens no celular da vítima. Juliana permaneceu no elevador, temendo o corredor sem câmeras; “Só pensei em sair dali viva”, disse ela posteriormente. A ação foi interrompida quando o porteiro, acompanhando as câmeras em tempo real, acionou a Polícia Militar; moradores ajudaram a conter Igor até a chegada da equipe da PM.
Juliana saiu do elevador ensanguentada, com o rosto completamente desfigurado, múltiplas fraturas na face e na mandíbula, e enfrentará cirurgia de reconstrução óssea. Ela também apresenta problemas de visão decorrentes da agressão. Após ser preso em flagrante, Igor teve a prisão convertida em preventiva durante audiência de custódia; ele foi indiciado por tentativa de feminicídio.
As investigações estão a cargo da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Natal (DEAM/ZLOS), que apura o contexto do relacionamento, eventuais episódios anteriores de violência e testemunhos que possam embasar o inquérito policial. A delegada Victoria Lisboa relatou que Juliana vivia sob intensa violência psicológica e que o agressor chegava a incentivá-la em pensamentos suicidas, agravando o quadro de vulnerabilidade emocional da vítima.
A repercussão do caso levou amigos e familiares a abrirem uma vaquinha online para ajudar nos custeios da recuperação. Em poucos dias, mais de 500 apoiadores contribuíram, arrecadando cerca de R$ 16 mil dos R$ 20 mil pretendidos. Juliana expressou gratidão pelas doações e apoio nas redes sociais, afirmando: “É um momento muito delicado e eu preciso focar na minha recuperação”.
Esse episódio chocante reacende a urgência do enfrentamento à violência contra a mulher. É um alerta para reconhecer os sinais de agressividade, de ciúme doentio e coeficientes de violência psicológica que muitas vezes antecedem a escalada física. A ação rápida de testemunhas e vizinhos foi decisiva para evitar um desfecho ainda pior.
Fonte: https://horadopovo.com.br/so-pensei-em-sair-dali-viva-mulher-e-espancada-com-60-socos-em-elevador-de-condominio-de-luxo/