Solidariedade e PRD anunciam federação

Os partidos Solidariedade e Partido da Renovação Democrática (PRD) devem oficializar, nesta quarta-feira (25), às 15h, na Câmara dos Deputados, a criação de uma nova federação partidária. A aliança busca fortalecer as legendas para as eleições de 2026 e garantir acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda, superando os critérios da cláusula de barreira.

Com a união, os dois partidos somarão 10 deputados federais — cinco de cada sigla — e passarão a atuar como uma única agremiação, conforme previsto pela legislação. As federações têm funcionamento semelhante ao de partidos únicos, com exigência de permanência conjunta por no mínimo quatro anos.

A formalização da federação ainda será apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A expectativa é que a nova aliança seja um passo estratégico para evitar a perda de relevância no cenário político. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foram convidados para o anúncio.

A cláusula de barreira em vigor determina que partidos ou federações só terão acesso aos recursos públicos se elegerem, no mínimo, 11 deputados federais em nove unidades da federação ou alcançarem 2% dos votos válidos em pelo menos nove estados, com no mínimo 1% em cada um. A exigência será ainda maior em 2026, subindo para 2,5% dos votos válidos e a eleição de 13 deputados.

O Solidariedade é presidido pelo deputado federal Paulinho da Força, crítico ao governo Lula e defensor de uma candidatura de centro para 2026. O PRD, por sua vez, é liderado por Marcus Vinícius, ex-deputado estadual pelo Rio de Janeiro. A presidência da nova federação ainda será definida.

Além dessa aliança, outras federações também estão em articulação. União Brasil e PP já anunciaram planos para se unir, enquanto PSDB e Podemos avançaram nas negociações, mas recuaram devido a impasses sobre o comando da nova legenda.