
O Maranhão figura entre os estados com piores índices de acesso à educação infantil no Brasil, segundo o estudo Panorama do Acesso à Educação Infantil do Todos Pela Educação. Entre 2019 e 2024, o estado registrou queda de 2,6% no número de matrículas na pré-escola (crianças de 4 e 5 anos), indo na contramão da meta de cobertura total prevista no Plano Nacional de Educação (PNE).
O dado mais alarmante, no entanto, está no atendimento de crianças de 0 a 3 anos em creches: 33,8% das famílias maranhenses relatam dificuldade de acesso – o terceiro pior índice do país, atrás apenas do Acre (44,4%) e de Roraima (36,9%). É também o pior desempenho do Nordeste.
Em São Luís, a situação não foge à regra estadual. Apenas 37,5% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas em creches na capital, percentual inferior à média nacional de 41,2%. Na pré-escola, o índice de atendimento é mais alto, 91,7%, mas ainda insuficiente para atingir a meta de 100% estabelecida pelo PNE.
O Imparcial solicitou o posicionamento da Prefeitura de São Luís mas, até o momento, da publicação desta matéria não houve resposta.
Garantir o acesso à educação infantil é um passo essencial para reduzir desigualdades futuras. No caso das creches, o déficit de vagas afeta principalmente famílias de baixa renda, que dependem do serviço para poder trabalhar e gerar renda”, aponta o Panorama do Acesso à Educação Infantil
O Panorama do Acesso à Educação Infantil, do Todos Pela Educação, apresenta o atendimento a crianças de 0 a 5 anos em creches e pré-escolas no Brasil. O estudo aponta as regiões com maior déficit de vagas e evidencia desigualdades, oferecendo um retrato detalhado da situação nacional e servindo de referência para políticas públicas.
O estudo também destaca que a ampliação do acesso deve vir acompanhada de investimentos na qualidade da oferta, formação docente e adequação de espaços, para que a educação infantil cumpra seu papel de promover o desenvolvimento integral da criança.
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/33-das-criancas-maranhenses-nao-possuem-acesso-a-educacao/