Adulteração de bebidas com metanol atinge principalmente destilados, alerta ministro da Saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alertou nesta quinta-feira (2) que a adulteração de bebidas alcoólicas com metanol ocorre principalmente em destilados incolores, como gin e vodca, sendo muito mais difícil em cervejas. A declaração foi feita durante entrevista coletiva no Ministério da Saúde.

“Estamos diante de um crime envolvendo produtos destilados, incolores, onde se têm técnicas de adulteração desse produto que você não tem no caso de cerveja, que é uma bebida que tem a tampa, tem gás, e é muito mais difícil de adulterar”, explicou o ministro.

Padilha destacou que, até o momento, não há registros de metanol em cervejas no Brasil. Casos antigos de cervejas adulteradas estavam relacionados a falhas de produção industrial, não a manipulações criminosas, como ocorre agora.

“Naquele caso, você identifica qual o lote da produção. É diferente do processo de adulteração que está se identificando atualmente, que provavelmente foi feito depois da produção dessas bebidas. Alguém adulterou essas garrafas”, afirmou.

O ministro também recomendou que a população evite o consumo de bebidas destiladas neste momento, ressaltando que não se trata de um produto essencial.

Até agora, o Ministério da Saúde recebeu 59 notificações de casos suspeitos de intoxicação por metanol. Desses, 11 foram confirmados. O único óbito registrado ocorreu em São Paulo, estado com o maior número de ocorrências, enquanto outras sete mortes seguem em investigação.

“Não estamos falando de um produto essencial para a vida das pessoas”, concluiu Padilha.

A pasta mantém monitoramento ativo da situação e reforçou a necessidade de alerta à população sobre os riscos do consumo de bebidas adulteradas.

Fonte: Correio Braziliense