“Ainda estou aqui”, de Walter Salles, foi indicado à categoria de Melhor Filme na 97ª edição do Oscar, na manhã desta quinta-feira (23). O anúncio foi feito pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável por organizar o evento. A cerimônia de premiação está prevista para 2 de março.
O longa de Salles concorre com “Anora”, de Sean S. Baker; “O brutalista”, de Brady Corbet; “Um completo desconhecido”, de James Mangold; “Conclave”, de Edward Berger; “Duna: Parte 2″, de Denis Villeneuve; “Emilia Pérez”, de Jacques Audiard; “Nickel boys”, de RaMell Ross; “A substância”, de Coralie Fargeat; e “Wicked”, de Jon M. Chu.
O mais próximo que o Brasil esteve disso foi em 1986, quando “O beijo da mulher-aranha”, de Hector Babenco (1946-2016) foi finalista na categoria. No entanto, o longa, baseado no romance homônimo de Manuel Puig (1932-1990), era uma coprodução do Brasil com os Estados Unidos. Na cerimônia, ele perdeu para “Entre dois amores”, de Sydney Pollack, estrelado por Meryl Streep e Robert Redford.
A indicação de “Ainda estou aqui” marca a segunda vez em que Walter Salles é finalista no Oscar. Em 1999, seu longa “Central do Brasil”, protagonizado por Fernanda Montenegro, competiu na categoria de Melhor Filme Internacional, chamada à época de Melhor Filme Estrangeiro, mas perdeu para o italiano “A vida é bela”, de Roberto Benigni.
Fenômeno de público nos cinemas brasileiros, “Ainda estou aqui” estreou no Festival de Veneza, em setembro de 2024, de onde saiu com o prêmio de roteiro. O filme está indicado também a outros prêmios, como o Critics Choice Awards e ao Bafta, o “Oscar britânico”.
No Globo de Ouro, o longa brasileiro perdeu para o francês “Emilia Pérez”, de Jacques Audiard, mas garantiu o prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres.
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda estou aqui” mostra como Eunice Paiva criou sozinha os cinco filhos e cursou Direito depois que seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, foi sequestrado por agentes do regime militar. Ela lutou pelo reconhecimento por parte do Estado brasileiro do assassinato de Rubens Paiva pela ditadura militar. O corpo nunca foi localizado.
O longa ultrapassou a marca de 3,5 milhões de espectadores nos cinemas brasileiros às vésperas do anúncio das indicações ao Oscar e ficou entre os cinco filmes mais vistos de 2024 no país. Os dados são da Comsorce.
* Fonte: Estado de Minas
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/01/ainda-estou-aqui-e-indicado-ao-oscar-de-melhor-filme/