
A situação dos deputados maranhenses Josimar de Maranhãozinho e Pastor Gil, além do suplente Bosco Costa (SE), pode se tornar ainda mais delicada com o avanço do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Alexandre de Moraes acompanhou o relator Cristiano Zanin e votou a favor da aceitação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa os parlamentares de corrupção passiva e de participação em um esquema de negociações ilícitas envolvendo emendas parlamentares. Caso a maioria dos ministros da Primeira Turma do STF endosse o entendimento, os três se tornarão réus e enfrentarão um processo criminal na Corte.
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O julgamento ocorre no plenário virtual da Primeira Turma do STF e se estenderá até o dia 11 de março. Ainda restam os votos dos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux. A denúncia aponta que os parlamentares teriam solicitado ao então prefeito José Eudes Sampaio Nunes um montante de R$ 1,6 milhão como contrapartida para a destinação de R$ 6,6 milhões em emendas parlamentares. No entanto, segundo a PGR, os valores não chegaram a ser repassados.
Os acusados rechaçam as alegações. A defesa de Josimar Maranhãozinho argumenta que a denúncia não apresenta provas substanciais. Os advogados de Pastor Gil sustentam que não há elementos que o vinculem diretamente ao caso, enquanto a representação de Bosco Costa alega que a acusação contra ele se fundamenta apenas em diálogos de terceiros, sem evidências concretas.
A possível transformação dos parlamentares em réus intensifica a crise política que atinge o Partido Liberal (PL), legenda à qual os acusados são filiados. Além dos impactos individuais na carreira dos deputados, o caso reforça a necessidade de maior fiscalização sobre o uso das emendas parlamentares, frequentemente apontadas como instrumento de barganha política.
O julgamento no STF também evidencia a crescente atuação da Corte no combate a práticas ilícitas no meio político, ampliando o cerco contra esquemas que envolvem a destinação de recursos públicos. Se a denúncia for aceita pela maioria dos ministros, o desenrolar do processo pode ter implicações significativas não apenas para os envolvidos, mas para o próprio partido e o cenário político nacional.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/03/alexandre-de-moraes-aceita-denuncia-da-pgr-contra-josimar-e-pastor-gil/