Um apagão de grandes proporções atingiu a capital maranhense e municípios vizinhos da Grande Ilha na noite deste domingo, 26 de Outubro de 2025, deixando milhares de moradores sem energia elétrica e causando transtornos generalizados. O blecaute, que teve início por volta das 20h30, afetou diversos bairros de São Luís, além de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.
Em comunicado oficial, a Equatorial Maranhão informou que o problema foi causado por uma ocorrência na subestação da Eletronorte, localizada na entrada de São Luís. A empresa destacou que, assim que a falha foi identificada, equipes da Eletronorte e da Equatorial iniciaram manobras emergenciais para recompor o sistema e restabelecer o fornecimento de energia de forma segura e progressiva.
A distribuidora afirmou ainda que permanece acompanhando o caso em conjunto com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) até a conclusão dos trabalhos e a confirmação da causa técnica da ocorrência.
O restabelecimento do fornecimento foi iniciado de forma gradual a partir das 20h55, e a Equatorial reforça que acompanha o caso em conjunto com o ONS para a plena recuperação do serviço.
O corte total no fornecimento de energia pegou a população de surpresa. O apagão causou transtornos como: Interrupção do Trânsito: Semáforos apagados resultaram em lentidão e congestionamentos em importantes avenidas.
Moradores relataram o impacto em residências e comércios, além da sensação de insegurança em meio à escuridão, especialmente em um período marcado por uma onda de violência na região metropolitana. Serviços essenciais como farmácias noturnas tiveram o funcionamento comprometido.
Em meio aos transtornos, as principais lideranças políticas do estado e da capital se manifestaram nas redes sociais para informar a população sobre as medidas tomadas e cobrar agilidade das empresas de energia.
O Governador Carlos Brandão se pronunciou, destacando a mobilização das equipes e a expectativa de normalização.
“Tivemos um apagão que atingiu a Grande Ilha. A Equatorial Maranhão acionou suas equipes técnicas para investigar as causas e restabelecer o serviço. A expectativa é de que o fornecimento seja normalizado ainda nas próximas horas. Estamos acompanhando de perto e cobrando celeridade na solução do problema.”
O Prefeito de São Luís, Eduardo Braide, também se pronunciou:
“O apagão que atinge São Luís foi causado por um problema em uma subestação de responsabilidade da Eletronorte, fora da área de atuação da Equatorial. Estamos em contato com a concessionária para acompanhar de perto a situação e garantir que a energia seja restabelecida o mais rápido possível em todos os bairros afetados. Vamos acompanhar toda a situação.”
O restabelecimento começou de forma gradual a partir de uma hora após o início do apagão em algumas áreas, mas a normalização completa levou mais tempo, especialmente em bairros periféricos. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também monitorou o processo.
O custo da escuridão: paralisação de serviços e prejuízos
A interrupção no fornecimento de energia na Grande Ilha de São Luís neste domingo, 26 de Outubro de 2025, embora tenha sido resolvida progressivamente, trouxe à tona a preocupação com os prejuízos econômicos, especialmente em um horário de pico de atividade comercial e de serviços.
Embora não existam dados oficiais específicos divulgados para o impacto de uma hora de apagão em São Luís neste evento, é possível fazer uma estimativa baseada em incidentes semelhantes em outras grandes metrópoles e no contexto da capital maranhense. O principal impacto financeiro de um blackout rápido, como o que ocorreu, recai sobre os setores de Comércio Varejista, Serviços (bares, restaurantes e entretenimento) e Custos Adicionais de Segurança.
São Luís, por ser a capital, possui uma atividade econômica intensa, e o apagão ocorreu justamente em uma noite de domingo, um período de grande movimento. Nesses momentos, o Comércio e Varejo são duramente afetados, sofrendo perdas de vendas por impulso, ficando impossibilitados de usar máquinas de cartão e, muitas vezes, forçados a fechar antecipadamente. O setor de Bares e Restaurantes, que concentra seu pico de faturamento à noite, enfrentou a perda de clientes, o risco de deterioração de alimentos refrigerados/congelados e um grande prejuízo à experiência do consumidor.
Além disso, a falta de luz gerou custos operacionais extras em Serviços Essenciais como hospitais e edifícios comerciais, que precisaram acionar geradores (consumindo diesel e exigindo manutenção). Por fim, o fator Segurança foi crítico, pois a escuridão aumenta a vulnerabilidade, forçando a contratação de segurança extra e elevando o risco de ocorrências criminais.
Em grandes centros urbanos como São Paulo, onde há estudos de entidades como a Fecomercio, o prejuízo diário do setor de comércio e serviços pode facilmente ultrapassar a casa do bilhão de Reais em um dia de funcionamento normal. Transpondo a realidade do mercado maranhense, a estimativa de que o comércio e serviços da Grande Ilha tenham tido milhões de reais em perdas de faturamento bruto durante a hora de pico do blecaute é plausível. As perdas se intensificam por três fatores no domingo à noite: Alta Demanda: É o horário de maior movimento para lazer e alimentação fora de casa.
Segurança Pública: o blecaute ocorreu em meio a um período de tensão na segurança pública da região, intensificando a necessidade de medidas extras de proteção. Danos a Equipamentos: A volta abrupta da energia (picos de tensão) pode causar danos em eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos.
A falta de energia, mesmo por uma hora, interrompe a cadeia de consumo e acarreta custos invisíveis que serão investigados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e cobrados pelas entidades de classe em busca de ressarcimento.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/10/apagao-atinge-grande-ilha-neste-domingo/
