Asteroide 2024 YR4 possui a maior chance da história de impacto com a Terra

Nesta terça-feira (18), as chances do asteroide 2024 YR4 colidir com a Terra em 2032 subiram para 3,1% de acordo com a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa). O corpo celeste chegou ao nível 3 na escala de Torino, mecanismo responsável por medir o risco de impacto em consideração com a força de energia liberada pelo meteoro em caso de impacto em um cenário de até um século no futuro.

A possibilidade de impacto com a terra, embora vista como baixa, chama a atenção pelo aumento da porcentagem, que há pouco menos de oito dias era de 2,3%.

O recorde de maior risco de choque com a Terra até então, era do asteroide Apophis, descoberto em 2004 com 2,7% de chances de colisão (prevista para o ano de 2029). Após algumas análises, o risco de impacto no próximo século foi reduzido a zero. É válido ressaltar que o 2024 YR4 é consideravelmente menor do que o Apophis.

Descoberto ainda no ano passado, o asteroide 2024 YR4 é classificado como um objeto próximo da Terra (NEO). Especialistas indicam que a probabilidade do meteoro colidir com a Terra em 2032 é de 1 em 32.

Caso o 2024 YR4 de fato atinja a Terra, o corpo espacial cairá no planeta nas vésperas de Natal, no dia 22 de dezembro de 2032. Além da Nasa, informações sobre o meteoro também estão sendo emitidas pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Características da rocha

Estima-se que o asteroide possua entre 40 e 100 metros de comprimento, podendo ter o tamanho de um prédio de 18 andares. O Sistema de Último Alerta para Impacto de Asteroides com a Terra (ATLAS, na sigla em inglês) identificou a rocha pela primeira vez em 27 de dezembro de 2024.

Desde a descoberta, os riscos de choque com a Terra subiram de 1,2% para 1,6%; depois para 1,9%, 2,3% e, agora, para 3,1%. Uma rocha do tamanho do YR4 pode ocasionar severos danos no local em que colidire arredores, caso caia no planeta, ele conseguiria explodir completamente cidades como Bogotá, Lagos ou Mumbai, mas não chegaria a destruir um país inteiramente.

Em média, um meteoro do porte do YR4 só colide na Terra em milhares de anos. Devido sua posição no topo da escala de risco, cientistas realizam desde janeiro observações prioritárias para conseguir novas informações a respeito do tamanho e também da trajetória do asteroide.