Bailarina Loretta Meneses traz ao Maranhão pesquisa em intercâmbio cultural entre Colômbia e Brasil

A bailarina e gestora cultural Loretta Alejandra Meneses Moreno, artista afro-colombiana, está no Maranhão realizando um intercâmbio cultural que conecta tradições do estado às práticas artísticas de comunidades afrodescendentes da Colômbia. A visita integra a circulação de seu espetáculo PASOS DE LA DIÁSPORA + SECCIÓN DE ORO (Passos da Diáspora + Seção Áurea), composto pelas partes Pertencimento, Dançando com Meus Ancestrais e Reparações.

No último final de semana, Loretta se apresentou no Festival Reentrâncias – Teatro, Dança e Performance, em Carutapera. Ao longo de sua permanência no estado, ela tem vivido uma imersão em manifestações locais como Bumba meu boi, tambor de crioula, casas de reggae e espaços religiosos de matriz africana. A artista também visitará quilombos maranhenses, ampliando sua pesquisa sobre comunidades negras e suas relações com o território.

Nos dias 05 e 06 de dezembro, ela participará da Mostra Cultural Pororoca, na Praça Carlos Macieira, em Santa Rita — encontro que reúne expressões do Baixo Itapecuru, idealizado pelo Instituto Cresça, com patrocínio da Lei Paulo Gustavo, Governo Federal e Ministério da Cultura, além de apoio do Governo do Maranhão e da Prefeitura de Santa Rita.

Quem é Loretta Meneses?

Nascida em Bogotá e residente em Cali há quatro anos, Loretta Meneses é formada em Biologia com especialização em etnobotânica, ela construiu trajetória como dançarina, ativista e pesquisadora das artes negras, integrando grupos tradicionais, de projeção e afro-contemporâneos.

Já representou a Colômbia em países como Coreia do Sul, Filipinas, Costa Rica, Venezuela, Cuba, Equador, Peru e Brasil, além de ser cofundadora de organizações comprometidas com os direitos da população negra.

Sua vinda ao Maranhão ocorre por meio da bolsa Colombia No Mundo, do Ministério da Cultura, das Artes e dos Saberes da Colômbia, da qual é uma das 36 artistas contempladas. Para Loretta, este encontro entre Colômbia e Maranhão transcende a troca artística: “Estar aqui é uma oportunidade de reconhecer nossas raízes comuns e fortalecer pontes que nos unem como povos da diáspora. Levo comigo aprendizagens profundas e o desejo de abrir caminhos para que artistas maranhenses também possam compartilhar suas culturas na Colômbia”, afirma.